Movimentos populares e da juventude também organizam manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência. Em todo o país, comitês contra as reformas nos bairros e categorias planejam as paralisações e protestos do dia 28.
Essa não é uma luta só dos trabalhadores com carteira assinada. A reforma trabalhista e a terceirização, assim como a reforma da Previdência, vão forçar que as pessoas trabalhem mais e por mais tempo, recebendo menos. A consequência é menos empregos, além do fim do direito à aposentadoria para amplos setores dos trabalhadores. Ou seja, essa é uma luta de todos.
A hora é agora! Se não fizermos nada vamos perder os poucos direitos que ainda temos, e vamos ficar sem aposentadoria para nós e nossos filhos.
Veja o que pode fazer para participar do dia 28
Procure o seu sindicato e exija uma assembleia para votar a paralisação
O dia 28 de abril foi definido de forma unitária por todas as centrais sindicais. Se o seu sindicato ainda não se pronunciou sobre a data, exija a realização de uma assembleia para votar a paralisação nesta sexta-feira e a participação na mobilização que está sendo organizada em todas as regiões.
O meu sindicato é pelego e se recusa a fazer alguma coisa
Você pode conversar com seus próprios colegas de trabalho, organizar uma assembleia entre vocês para decidir a paralisação. A greve é um direito dos trabalhadores e o patrão não pode impedir. Forme um comitê para mobilizar as pessoas e garantir a continuidade dessa luta. É importante envolver o máximo de gente possível, não só trabalhadores de sua categoria. Veja com o pessoal terceirizado, estagiários, moradores próximos, associações de moradores, etc.
Verifique se existe um comitê organizado próximo a você para realizar reuniões e ações conjuntas.
Informe-se sobre as mobilizações que ocorrerão em sua cidade na sexta. Verifique se existe a CSP-Conlutas organizada em sua cidade e os contate para que lhe ajudem e orientem.
Não sou trabalhador (a) formalizado (a), o que posso fazer?
Primeiro, veja se há um comitê contra a reforma próximo a você. Se não, converse com amigos, familiares, moradores, visite as associações de bairros, igrejas, escolas, etc. Tente reunir o maior grupo possível de pessoas dispostas a lutar contra as reformas e forme um comitê. A partir disso, converse com as pessoas sobre possíveis ações: panfletagens, manifestações, trancamento de ruas ou avenidas.
Se no seu bairro existe uma garagem de ônibus ou estação de trem ou metrô, discuta a possibilidade de vocês “trancarem” no dia 28. A ideia é garantir o máximo de visibilidade possível à luta contra as reformas da Previdência e trabalhista.
Lembre-se: a imprensa está sendo comprada pelo governo Temer para que seja a favor dessas reformas e vai tentar censurar ou abafar os protestos de todas as maneiras. Confeccione faixas, cartazes, etc. Tente garantir um carro de som para o dia. É possível conversar ou negociar com quem possui carro ou perua com sistema de som no bairro: vendedores de ovos, pamonhas, sorvete, etc. que possam emprestar ou alugar o equipamento.
É importante que tudo seja discutido e definido de forma democrática no comitê.
Passado o dia 28, faça uma reunião de avaliação sobre o que fizeram, e discutam os próximos passos. Sexta-feira será um dia crucial na luta contra as reformas, mas ela não se encerra ali. É fundamental manter e ampliar a luta.