Estiveram presentes representantes das áreas: Canaã, Renato Nathan 2, Monte Verde, Raio de Sol, Lamarca, Paulo Freire 4, Bacuri, 10 de maio, Enilson Ribeiro I e II, Monte das Oliveiras, Terra Nossa I e II, Monte Cristo, Jhone Santos e Rancho Alegre I e II. Diversas denúncias foram feitas. O ex-Padre José Iborra, da CPT, denunciou o Ouvidor Agrário Regional Erasmo Tenório, acusando-o de dar declaração para proteger e inocentar latifundiários.
Diversos camponeses organizados pela LCP gritavam: “Ênedy fascista, assassino e terrorista”, acusando o alto comando da PM e o governador Confúcio Moura de apoiarem e incentivarem diversos grupos de extermínio e pistolagem em Rondônia. O tom das falas foi o de denunciar as diversas perseguições contra inúmeros acampamentos da LCP e de outros movimentos.
A LCP afirma que a maioria das áreas é de terra pública, fruto de grilagem de terras, conforme constam nos dados dos imóveis. A mobilização conseguiu suspender temporariamente reintegração de posses em diversas áreas. O dirigente camponês Belchior, da área Bacuri, anunciou que foi vitoriosa a jornada, pois avançou os processos administrativos de desapropriação ou aquisição de áreas para os acampados. Determinaram-se, também, vistorias de áreas a mais de 05 anos sem qualquer acompanhamento. O INCRA e a Casa Civil também se comprometeram a garantir com o IDARON o cadastramento de camponeses de 6 áreas para a liberação de GTAs.
Os manifestantes, na rua, denunciaram ainda as reformas trabalhista e previdenciária e a falência da política agrária dos diversos governos de turno. Convocaram os trabalhadores da cidade a se somarem na luta pela democratização da terra. Após encerrarem o protestos, as delegações dirigiram-se ao interior.