No dia 28 de abril foi deflagrada greve histórica no Brasil. Com a adesão de 35 milhões de trabalhadores, utilizando das palavras de ordem “Abaixo o Golpe”, os trabalhadores mostraram que a palavra “movimento”, colocada aqui propositalmente para nos referirmos à greve, é de fato a expressão maior dos milhões de grevistas em toda a história de luta dos trabalhadores.
Em sua ação efetiva, a greve tem o aspecto de realmente centralizar democraticamente os trabalhadores que, em período de rotina de trabalho, estão desorganizados da luta por seus direitos. Greve não é sinônimo de paralisia como a direita tenta impor com a ajuda da imprensa golpista, pois, é através desse mecanismo de luta histórico, que se conquistaram todos os direitos trabalhistas.
A imprensa de direita golpista tenta diariamente atacar os direitos dos trabalhadores, evidenciando o ódio que a burguesia tem da classe operária e da população pobre do Brasil.
Lembramos também aos trabalhadores que no centenário da Revolução Russa, é necessário demarcar uma situação ímpar e pouco conhecida na história. Poucos sabem que, a deflagração e radicalização da luta russa se deu através de uma greve gigantesca, convocada pelas operárias russas, contra a fome imposta pelo governo czarista e contra a situação de desigualdade social estabelecida. Alguns revolucionários, desacreditados pela situação do momento, foram contra, mas foi dessa movimentação importante e da potência da insatisfação dos trabalhadores organizados, as vésperas de outubro, que revolucionários como Lênin, apoiaram a organização da greve que foi a cabeça e o coração da Revolução de 1917.
Hoje não podemos aceitar o fim da aposentadoria, fim de direitos trabalhistas, encarceramento de trabalhadores em massa, perseguição aos sindicatos, perdão de dívidas bilionárias de sonegação de impostos dos bancos e o Golpe de Estado. Toda essa política golpista que é a operação “Lava-Jato” atinge diretamente os trabalhadores. Não podemos aceitar 49 anos de “contribuição”, que é a volta da escravidão.
Por isso a necessidade urgente de se construir uma greve geral imediata, política, convocando cada setor trabalhista organizado. A greve geral do dia 28 foi muito bem sucedida e mostrou a força das organizações sindicais. Agora é preciso parar por dois dias e assim sucessivamente até a greve geral por tempo indeterminado.
O ato em Brasília, dia 24 deste mês, deve ser utilizado e convocado como preparação da greve geral que tem como política central a luta contra o golpe.