Nessa matéria procuraremos demonstrar por que tudo isso não passa de uma farsa, utilizada pelo fascismo para combater qualquer tipo de progresso.
1. “Bolsonaro é patriota”
Muitos dos seguidores do Deputado Federal acreditam que se trata de um indivíduo patriota, que ama o Brasil e o povo brasileiro; que coloca os interesses do Brasil acima dos próprios e coisas do tipo. Pois bem, a realidade comprova o contrário.
Recentemente, Bolsonaro iniciou uma jornada eleitoral pelos Estados Unidos, nas comunidades de brasileiros, onde está procurando financiadores e apoiadores para sua campanha presidencial – que vem preparando. Numa palestra que promoveu em um subúrbio rico de Miami, todas as ilusões sobre o patriotismo de Bolsonaro foram água abaixo; apareceu em um vídeo, publicado pelo Intercept, onde demonstra seu apoio aos principais inimigos dos interesses nacionais: os Estados Unidos.
Pode-se observar ele prestando “continência à bandeira americana” – em que ele foi respondido aos berros que diziam “USA, USA, USA!”
2. “Bolsonaro é nacionalista”
Nessa mesma palestra, Bolsonaro revelou sua aliança com os interesses dos exploradores do país, o imperialismo que deu um golpe no Brasil (que ele apoiou) para extorquir todas suas riquezas e controlar seu mercado interno. Como um bom entreguista submisso, disse que se fosse eleito, Trump – presidente dos EUA – teria um grande aliado no Brasil. Isso porque, obviamente, curvaria-se com facilidade aos interesses do capital estrangeiro.
Em diversas oportunidades, Bolsonaro defendeu a venda das riquezas e do patrimônio brasileiro para os estrangeiros, chegando a dizer que é favor da privatização “menos pra China” – o que implica dizer que apóia as privatizações exclusivamente para o imperialismo, especialmente para os Estados Unidos.
Tirando o fato de ser abertamente fascista, a política de Bolsonaro é exatamente a mesma que a do PSDB – partido do imperialismo: entregar o país para o capital estrangeiro.
Não é uma conclusão difícil de se tirar já que Bolsonaro é a favor de privatizações, do golpe e da ditadura militar de 1964 (articulada pelos americanos).
3. “Bolsonaro defende a moral e os bons costumes”
Devido a demagogia que vem sendo feita com a corrupção, muitos seguidores de Bolsonaro acreditam que seu guru é um indivíduo ético, que iniciará uma campanha contra a corrupção, se assumir a dirigência do país. Entretanto, a corrupção é algo comum dos políticos burgueses, e não poderia deixar de ser para a família Bolsonaro.
No início de abril de 2016, uma notícia veio abalar a “moralidade” dos Bolsonaros; o irmão de Jair, Renato Bolsonaro, foi exonerado do cargo que ocupava na Alesp, pois, apesar de receber salário mensal equivalente a 17 mil reais (mais de 200 mil reais por ano), não aparecia para trabalhar – isto é, era um funcionário fantasma.
Ainda mais, apesar de toda a conversa pra boi dormir, o Deputado Federal tem um histórico de ter passado por partidos políticos reconhecidamente corruptos, como o PP de Paulo Maluf e outros renomados corruptos, e o PSC do Pastor Everaldo, espancador de mulher.
De resto, entre outras coisas, Bolsonaro é reconhecido pelo seu apoio à tortura e estupradores, como o Comandante Carlos Alberto Brilhante Ustra; assim como do extermínio da população pobre e da repressão ao povo negro, às mulheres e aos homossexuais. Como por ele foi dito “[se eleito], eu vou dar carta branca para o policial matar”; à Maria do Rosário, “eu não iria estuprar você porque você não merece”; mas também é extensamente conhecido suas posições contrárias aos quilombolas, indígenas e mulheres, que para ele são vagabundos, preguiçosos e promíscuos.
Por último, vale citar sua tentativa de atentado à bomba em banheiros da vila militar para ter aumento de seu próprio salário – demonstrando o cinismo contra os trabalhadores do capitão quando este se pronuncia contra o “terrorismo” dos guerrilheiros armados contra a ditadura.
4. “Bolsonaro apoia o armamento da população”
O argumento de que a extrema-direita apóia o armamento da população é uma demagogia amplamente difundida pelo imperialismo e a esquerda pequena burguesa. Todavia, a história demonstra que não bastam de mentiras. A extrema-direita sempre procurou restringir o acesso dos trabalhadores às armas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a NRA, formado pelos membros da Ku Klux Klan, proibiu o povo negro de portar armas. E quando os negros conseguiram adquirir o direito de portá-las, Ronald Reagan, mentor dos piores direitistas, achou formas de restringir este direito.
Efetivamente, a posição da extrema-direita é de restringir o direito para os trabalhadores e ampliá-lo para os jagunços, fascistas, nazistas e o resto dos reacionários. Para confirmar isso, basta perguntar a Bolsonaro se ele é a favor do armamento do MST, da CUT, partidos de esquerda e outras organizações de trabalhadores.
5. “Bolsonaro é um grande líder”
Muita gente considera o Bolsonaro, o Führer brasileiro. Todavia, por mais que se trate de um fascista, Jair Messias Bolsonaro é um indivíduo esdrúxulo, incapaz de organizar um movimento sério a não ser por métodos artificiais, como o financiamento massivo dos capitalistas. Isso não quer dizer que ele não seja uma ameaça, mas apenas que ele é um personagem chulo – potencialmente perigoso.
Bolsonaro é a pessoa que, para ter aumento de salário, programou um atentado para explodir privadas… Percebe-se que é uma pessoa sem caráter quando o próprio filho dele não compareceu para votar nele à presidência da câmara, o qual foi repreendido pelo pai por estar viajando: “Mais ainda, compre merdas por aí. Não vou te visitar na Papuda”; “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan? Irresponsável!”
Um indivíduo que despreza a própria filha e ainda é desprezado pela mãe: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”, disse Bolsonaro sobre a filha; “Criei com muito amor. Não queria que fosse uma criança estúpida, bruta, falasse besteira. Dava comidinha na hora certa”, e, “era digno, não era de falar besteira”, respondeu a mãe a respeito do pronunciamento do filho de que mulheres deveriam receber salários menores.
Bolsonaro é um fanfarrão potencialmente perigoso para os trabalhadores e suas organizações, assim como Hitler, e deve ser combatido como tal.