A justificativa dada pelo Exército brasileiro é que se trata de um exercício de ajuda humanitária, chamado de Amazonlog 17. Nem o nome do evento é em português. O General “brasileiro” responsável é Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira.
“Nesse exercício, é bom que a sociedade saiba, só quem está armado é o Brasil, que vai dar segurança a essa base. É o país hospedeiro, como nós chamamos. Colômbia, Peru e os Estados Unidos vêm desarmados”, pelo menos foi o que disse o general Theophilo em entrevista para a imprensa golpista.
Segundo o General, uma das justificativas do exercício seria a preparação para um possível crise imigratória. Ou seja, uma onda de imigrantes venezuelanos ou da América Central entrando no Brasil. Porém, esse argumento é infundado quando se observa a posição do exercício no mapa. A cidade de Tabatinga não faz parte da rota de refugiados para o Brasil.
Em outro ponto da entrevista, o General admite a atividade constante dos EUA na Amazônia e no território brasileiro. Mas, diz que no contexto do exercício, essa presença seria boa. “Estando com a gente é muito melhor do que venham secretamente e façam pesquisas no interior na mata como nós vimos muitas vezes, eu que vivi na Amazônia por seis anos. Eles estão controlados e estão colaborando para um bem maior”, acrescenta Theophilo.
Na verdade, todos sabemos quais o interesse dos EUA no Brasil: tomar os patrimônios nacionais e ameaçar países vizinhos. Além disso, não é uma novidade essa postura de capacho do exército nacional e de alguns setores da direita. O fato novo é que tropas e aviões militares dos EUA, até algum tempo atrás, não transitavam livremente pelo nosso território.
O exército brasileiro, que deveria ser o defensor da soberania nacional e do território nacional, é terceirizado. Então, na verdade, eles facilitam a entrada dos maiores invasores e exploradores de países pobres no nosso território.