Poucos se atentaram ao fato de que Israel passou a controlar com seus sionistas três setores-chave do governo golpista: a Defesa (Raul Jugmann), a Inteligência (Sergio Etchegoyen) e o Banco Central (Ilan Goldfajn).
Nos últimos anos, Israel passou a controlar os principais ministérios e a influir na eleição de praticamente todos os deputados e senadores dos Estados Unidos. Agora avançam sobre os principais países latino-americanos com Macri na Argentina e como Temer no Brasil. Para quem achava que a luta palestina era um distante conflito no Oriente Médio, ele bateu às portas e chegou ao poder.
Um banqueiro sionista dos Estados Unidos dizia: "entreguem-me o controle das finanças de um país e pouco importo-me com o que fazem com as leis". Pois bem, Temer nomeou um sionista representante dos banqueiros como presidente do Banco Central do Brasil. Agora, um país minúsculo e arrogante chamado Israel controla as finanças de um gigante adormecido chamado Brasil.
Na Política Externa, Serra pediu para avaliar custos de embaixadas na África e no Caribe visando fechá-las. Também pretende dar ênfase a tratados comerciais e negociações bilaterais como o Tratado Transpacífico. Ele partidariza as relações exteriores ao atacar governos de esquerda, virar as costas para o Sul global e dar prioridade absoluta aos Estados Unidos.
Esta é a típica visão de vira-lata que acha que um país da dimensão do Brasil só deve ter relações com países ditos desenvolvidos Voltaram os tempos em que o Brasil falava grosso com países pobres e fininho com os Estados Unidos:
Esta submissão aos EUA é correspondida pelo outro lado. A embaixadora estadunidense no Brasil durante o golpe foi a mesma que articulou a derrubada de Lugo no Paraguai. Agora, os EUA a substituíram pelo embaixador deles no Afeganistão, um especialista em "reconstrução econômica" em lugares de conflito, onde se impõe uma agenda ultra neoliberal.
O Wikileaks já revelou que Temer foi informante para os Estados Unidos. Então não acredita que o governo golpista de Temer trabalha para o imperialismo dos Estados Unidos? Veja os dois documentos vazados pelo Wikileaks e tire a própria conclusão:
Tem algo com fedor de enxofre sendo gestado pelo Departamento de Estado para o Brasil e consequentemente para a América Latina.
Este pútrido odor lembra as fumaças negras de 1964...
Contudo, cresce a resistência internacional ao golpe. Em Nova York, EUA, no Congresso de Estudos sobre America Latina - LASA, intelectuais protestam contra o golpe no Brasil e repudiam a palestra de FHC que, temente de manchar ainda mais sua biografia, cancelou sua participação no dia 28/5/2016.
Mais de 500 argentinos protestaram com José Serra em Buenos Aires. Não se tem notícias de que um ministro brasileiro tenha sido recebido com protesto na Argentina. Macri age como um lacaio do Império ao receber Serra em tais condições.
Para entender os próximos passos do governo golpista de Temer, assistam este documentário: "A doutrina do choque".
Da mesma forma que um golpe de Estado no Chile abriu o caminho para a imposição do neoliberalismo, agora a mesma receita segue em implantação no Brasil. É preciso resistir a este governo. Todas as suas medidas serão antinacionais e antipopulares.
*Historiador pela FFLCH/USP, Mestre em Desenvolvimento Econômico pelo IE/Unicamp e Professor de História Econômica e Relações Internacionais da UNIP.