Recentemente postamos nas páginas do Facebook das nossas candidaturas um vídeo que mostra um diálogo entre duas mulheres falando sobre ocupar a política. Centenas de comentários raivosos se seguiram com os mais diversos exemplos de machismo e misoginia. É somente assim que argumenta essa direita golpista, para destilar seu ódio contra mulheres que não abaixam a cabeça para seus ataques machistas e nem aceitam esse governo golpista e machista, com sua cúpula formada apenas por homens. Nos querem “belas, recatadas e do lar” enquanto defendem que a política seja ocupada por homens como Marcos Feliciano e Jair Bolsonaro, um acusado de estupro e outro que faz apologia ao estupro e à ditadura militar.
Se é verdade que o machismo não foi criado pelo capitalismo é igualmente verdade que a ideologia capitalista se serve muito bem do machismo para oprimir as mulheres e dividir a classe trabalhadora. Diariamente somos bombardeadas com propagandas que tentam nos impor um padrão de beleza e com isso nos fazer consumir cada vez mais produtos, roupas e medicamentos para que nos encaixemos nesse padrão.
Recebemos salários inferiores comparados aos homens. E são ainda menores se formos mulheres negras. Estamos nos trabalhos mais precários e sujeitas a dupla ou tripla jornadas. Nossos corpos são usados para vender de cerveja à desodorante, mas ao mesmo tempo temos nossa sexualidade reprimida e não temos sequer direito ao aborto.
Quando ocupamos as ruas e a política colocamos em cheque o patriarcado e o sistema que o sustenta, o capitalismo. Porque somos metade do gênero humano. Juntas conquistamos direitos como creches para nossos filhos, licença maternidade, o direito ao voto e podemos ir por muito mais. Unidas à classe trabalhadora podemos revolucionar a política e a sociedade. Por isso, precisamos lutar contra as opressões e contra a exploração do sistema capitalista. Sejamos milhares de mulheres nas ruas e na política!