Essa política nacional é constituída de três etapas: 1) Precarização do ensino com sucateamento de escolas para daí fechar as com menor número de alunos reordenando-os por séries em poucas escolas; 2) Redução da carga horária dos professores até 200h via leis estaduais; 3) Redução da grade curricular para diminuição de novo dos salários dos professores, e, aqueles efetivos que não forem lotados, terão reduzidos seus salários até 1/3 para ficar apenas na escola.
No Pará o governo de Simão Jatene/PSDB apresentou uma proposta de reformulação da matriz curricular do ensino médio nas escolas da rede estadual, que reduz carga horária de todas as disciplinas da grade curricular. Por exemplo, as disciplinas de português e matemática que atualmente contam com cinco aulas semanais teriam apenas quatro, história e geografia que hoje têm três passaria a ter duas, e as demais que possuem duas teriam uma aula por semana.
Para justificar este absurdo o governo alega que, diante da crise, tem que fazer redução de custos, o que demostra que, para os governos da burguesia a educação é um custo, um gasto e não um investimento, por isso, a educação pública é geralmente a primeira na lista de cortes, o que revela que no sistema capitalista a educação pública não é, e jamais será uma prioridade, já que, além de ser um sistema que tem como base a exploração do homem pelo homem e como prioridade o lucro em detrimento dos direitos do povo trabalhador e da juventude, esse sistema não tem nenhum interesse em educar o povo, como disse Paulo Freire “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”.
Para barrar esse projeto os trabalhadores em educação, estudantes e pais realizaram no dia 14 de abril um grandioso ato que reuniu mais de 3 mil pessoas. Com um destaque especial para a mobilização realizada pela União dos Estudantes Secundaristas de Belém (UESB) que mobilizou 12 escolas e realizou diversas assembleia gerais nas escolas para discutir o assunto e aprovar a participação nas manifestações. Com muita agitação política e palavras de ordem o ato seguiu para o ministério público, onde foi solicitada a intermediação do órgão no caso.
Essa manifestação foi só um alerta para o governador de que os trabalhadores e a juventude estão atentos e organizados e não deixarão esse projeto ser colocado em prática.