Publicidade

Diário Liberdade
Publicidade
Publicidade
Quarta, 12 Outubro 2016 19:41 Última modificação em Sábado, 15 Outubro 2016 04:10

Muitos mais ataques. O que fazer?

Avalie este item
(2 votos)
País: Brasil / Batalha de ideias / Fonte: Luta Popular e Sindical

[Alejandro Acosta] A recente aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241 representou um ponto de virada na situação política brasileira. Ela foi aprovada com enorme folga (366 contra 111 votos) e sem nenhuma resistência nas ruas, o que representa uma brutal capitulação da “frente popular”, encabeçada pela cúpula do PT, além de uma obscena traição aos trabalhadores

A PEC 241 congela os gastos públicos sociais por 20 anos, tomando como referência o ano de 2016, quando o orçamento sofreu duros cortes, com o objetivo aumentar o repasse de recursos públicos para a especulação financeira.

A “frente popular” se encontra plenamente integrada ao golpe, na tentativa de salvar os cargos e privilégios. Para isso, por meio do controle dos aparatos, principalmente da CUT, de importantes sindicatos, do MST, da UNE e de grande parte dos movimentos sociais, não promove nenhuma resistência real contra o verdadeiro massacre que está em andamento.

A mobilização dos trabalhadores pela base, a “Greve Geral”, não passou de pura encenação. Nenhum setor foi mobilizado. As greves das principais categorias que começaram a acontecer no segundo semestre deste ano, nos Correios, petroleiros e nos bancários, foram quebradas diretamente pela burocracia petista e seus aliados. O PT se aliou aos partidos mais golpistas (PSDB, PMDB e DEM) em 1.682 municípios nestas eleições.

A burocracia sindical e política se tornou o principal entrave para a luta dos trabalhadores contra os ferozes ataques que o imperialismo busca impor. As eleições municipais, que não passaram de uma farsa ainda maior que as eleições anteriores, fortaleceram a tucanização do regime com o objetivo de avançar nesses ataques.

A facilidade com que passou a PEC 241, na Câmara dos Deputados, colocou a possibilidade da aceleração dos demais ataques. Mas é evidente que os ataques tendem a provocar a reação espontânea dos trabalhadores. Esse é o motivo que tem levado a direita a colocar em pé a Lei Antiterrorista e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Este já colocou as tropas nas ruas durante as Olimpíadas e para “cuidar da segurança das eleições municipais”, como se não bastassem o mais de um milhão de policiais que há no país.

Conforme a pressão contra os trabalhadores aumentar, a direita tentará avançar para um regime cada vez mais duro, na direção de um regime de terror aberto, com o objetivo de aumentar os ataques na tentativa de salvar os lucros do grande capital em crise.

A paralisia deve ser quebrada a partir da denúncia contra a “frente popular”, que representa uma burocracia importante, mas frágil, “aparelhista” e cada vez mais distante dos trabalhadores.

Perante a gravíssima situação colocada, os revolucionários devem impulsionar o fortalecimento de uma frente única orientada à organização da luta real dos trabalhadores, a partir dos seguintes eixos:

1. Contra o governo golpista de Temer e o golpismo em geral;

2. Contra o “plano de ajustes” que o imperialismo busca impor no Brasil contra os trabalhadores;

3. Contra os acordos impostos pelo imperialismo, em favor dos monopólios, contra o povo brasileiro, tais como a especulação financeira com a dívida pública, o câmbio e outros mecanismos financeiros; o controle das riquezas minerais; o controle da terra, principalmente dos ecossistemas; o controle da cadeia alimentar; o controle dos setores chaves da economia; a imposição da repressão contra os trabalhadores, como a Lei Antiterror, a espionagem da NSA (Agencia Nacional de Segurança) e o apoio a grupos de extrema direita etc.

4. A denúncia da capitulação da cúpula do PT, e da “frente popular”, que busca canalizar o descontentamento popular para conchavos com a direita, com o objetivo de manter os próprios privilégios.

5. A organização das principais categorias nacionais a partir da formação de comitês contra a privatização, o “ajuste” e o golpismo.

O Mundo do Trabalho, que tem funcionado como uma frente única contra a precarização do trabalho, pode ser um dos pontos de partida para este reagrupamento dos revolucionários que buscam, efetivamente, organizar a luta pela base.

Ao mesmo tempo, cada vez mais, está colocada a necessidade de organizar o partido operário e revolucionário. Precisamos estabelecer as palavras de ordem que podem mobilizar milhões de trabalhadores para resistir e, posteriormente, para lutar por um governo dos trabalhadores, que é a única maneira de tirar o país da crise.

É preciso fortalecer a imprensa operária, independente de todos os setores da burguesia. Essa imprensa deve se tornar o principal aglutinador dos revolucionários.

Contra os ataques golpistas,

Unificar as lutas!

Organizar os trabalhadores pela base!

Nenhum acordo com a direita!

Nenhum direito a menos!

Contra as privatizações!

Pela construção do partido operário revolucionário!

Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo!

Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Doaçom de valor livre:

Microdoaçom de 3 euro:

Adicionar comentário

Diário Liberdade defende a discussom política livre, aberta e fraterna entre as pessoas e as correntes que fam parte da esquerda revolucionária. Porém, nestas páginas nom tenhem cabimento o ataque às entidades ou às pessoas nem o insulto como alegados argumentos. Os comentários serám geridos e, no seu caso, eliminados, consoante esses critérios.
Aviso sobre Dados Pessoais: De conformidade com o estabelecido na Lei Orgánica 15/1999 de Proteçom de Dados de Caráter Pessoal, enviando o teu email estás conforme com a inclusom dos teus dados num arquivo da titularidade da AC Diário Liberdade. O fim desse arquivo é possibilitar a adequada gestom dos comentários. Possues os direitos de acesso, cancelamento, retificaçom e oposiçom desses dados, e podes exercé-los escrevendo para diarioliberdade@gmail.com, indicando no assunto do email "LOPD - Comentários".

Código de segurança
Atualizar

Publicidade
Publicidade

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: diarioliberdade [arroba] gmail.com | Telf: (+34) 717714759

O Diário Liberdade utiliza cookies para o melhor funcionamento do portal.

O uso deste site implica a aceitaçom do uso das ditas cookies. Podes obter mais informaçom aqui

Aceitar