Em decisão do Coletivo Nacional de Eletricitários, que reune federações e sindicatos, os funcionários da Eletrobrás foram convocados para iniciar uma greve contra as privatizações. A paralisação deve iniciar a meia noite da próxima segunda, por, inicialmente, 72 horas.
Com o aprofundamento do golpe de estado no país, é de suma importância olhar-se para todos os fenômenos com cautela. Esta semana, mais especificamente na quarta feira, 21, ocorreu um retrocesso que não era visto, nessa extensão, desde o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso: um apagão que acometeu 13 estados das regiões Norte e Nordeste do país. Retrocesso que aconteceu em menos de dois anos de um governo regido pela direita golpista.
Os empregados da Eletrobras estão mobilizando-se para protestar e resistir contra a privatização da empresa. Por meio do seu informativo, a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) afirma estar promovendo organização de um “grande ato em Defesa da Soberania Nacional”, no dia 3 de outubro, às 11 horas, no Centro do Rio de Janeiro.
Para o Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), a privatização da Eletrobras anunciada nesta segunda-feira (22) pelo governo de Michel Temer deve causar perdas de qualidade na operação do sistema e aumento das tarifas para a população. Em Brasília, parlamentares também se manifestaram contra a medida.
Tido com um executivo confiável pela burguesia e pelo governo golpista, Wilson Ferreira Junior foi o escolhido como novo presidente da Eletrobrás. Uma de suas principais atribuições no cargo é o de viabilizar privatizações e “reestruturar” a estatal, restruturação aqui é mero eufemismo para destruição da empresa.
[Roberto Bitencourt da Silva] A Eletrobras é uma empresa estratégica para o Brasil. Ela é fundamental para o domínio e a formação técnico-científica nacional e para a tomada de decisões soberanas sobre o desenvolvimento. Igualmente decisiva para o controle e o uso nacional dos nossos excedentes econômicos. De acordo com os dados disponibilizados pelo relatório de sustentabilidade da estatal de 2014, a Eletrobras é, em nossos dias, “a maior companhia de capital aberto do setor de energia elétrica da América Latina”. Essa importante empresa para os interesses nacionais corre o sério risco de ser privatizada. Um processo que já se insinuava no governo Dilma Rousseff (PT), mas que sofre ameaças mais intensificadas com o ilegítimo governo Michel Temer (PMDB).
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