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Diário Liberdade
Quarta, 22 Fevereiro 2017 10:00 Última modificação em Segunda, 06 Março 2017 11:36

Documentário ‘Porta para o exterior’ libertado na rede Destaque

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País: Galiza / Reportagens, Língua/Educaçom / Fonte: PGL

Ontem, 21 de fevereiro de 2017, o documentário ‘Porta para o exterior’ de J. Ramom Pichel e Sabela Fernández  foi libertado na rede a coincidir com o dia internacional da Língua Materna. No PGL, falaram brevemente com os diretores.

Porta para o exterior, o documentário, lança-se no dia 21 de fevereiro, o dia Internacional da Língua Materna, para dar a conhecer, sem intermediários, quais as razões das pessoas afirmarem que galego e português são variedades do mesmo idioma e, quais são as suas propostas de futuro para que os/as falantes da língua ao norte do Minho se empoderem mais ainda, agora que os dados do IGE falam de que apenas 13% das crianças galegas menores de 14 anos tem como língua diária a que tinha sido maioritária em gerações anteriores.

Como foi a experiência?

Começamos de um jeito muito modesto, porque não somos profissionais. Simplesmente queríamos recolher a modo de arquivo, testemunhos audiovisuais de pessoas que levam trabalhando em prol da língua por mais de três décadas, e que pertencem ao alargado mundo do reintegracionismo. “Porta para o exterior” é um documentário de 50 minutos, que pretende ser divulgativo, mostrando as principais linhas do reintegracionismo sem entrar em profundidade nelas.

“Porta para o exterior” é uma viagem num princípio pequena que demorou dous anos, entre as mais de 60 entrevistas realizadas, a galegxs, portugueses, brasileirxs, moçambicanos, etc; conseguindo angariar fundos mediante crowdfunding para a edição que realizou Axóuxere, a difusão nas redes sociais, as apresentações públicas, a realização do DVD, a coordenação e tradução das legendas a inglês, castelhano, astur-lhionês, euskera, catalão, aragonês, e por último, já agora com a Unidade didática desenhada especificamente para o ensino.

Por último, em “Porta para o exterior” queríamos dar voz a um mundo injustamente apagado dos focos, um mundo feito por pessoas anónimas e também mais conhecidas que vivem a nossa língua como uma língua nossa e também partilhada por outros lugares do mundo. Queríamos que a gente se aproximasse sem preconceitos a este olhar diferente da cultura galega, que quer o melhor para a nossa língua. Uma parte da nossa cultura muitas vezes incompreendida e até mesmo tergiversada.

Onde se apresentou?

Em diferentes lugares sendo para públicos diferentes. Na Galiza, “Porta para o exterior” foi apresentado em Ferrol (no Ateneu Ferrolao), Santiago (Faculdade de Filosofia e Faculdade de Políticas), Corunha (Livraria Berbiriana), Lugo (Cultura do País), Vigo (Centro Cívico de Teis), Rianjo (Biblioteca do Concelho). Em Portugal, em Lisboa (A Padaria do Povo), Alcanena (Congresso Internacional Variedades linguísticas ameaçadas da Península Ibérica), no País Basco (Donostia-Trintxerpe) e por último em Bruxelas (Centro galego) no Encontro da Cultura Galega organizado por Lídia Senra e a sua equipa.

Qual a reação do público, da crítica?

No público no que apresentamos tivo muito boa acolhida em Portugal, na Galiza naquelas pessoas já interessadas na língua e em geral naquelas interessadas pola diversidade lingüística no mundo. E no mundo da crítica, aparecemos em papel em dous jornais galegos “La Voz de Galicia” e “La Opinión”, sendo difundido o trailer na sua versao digital. Também com cinco artigos realizados por pessoas prestigiosas da cultura como Ernesto V. Souza, Antia Cortiças, Maria DoVigo, Arturo de Nieves, João Aveledo.

No entanto, a recepção vai aos poucos por causa de ainda não ser libertado o documentário, por isso esperamos que a partir da subida na Internet, qualquer pessoa se poda aproximar a este jeito de ver a língua, que estamos convencidxs, é um dos caminhos certos para a sua recuperação. E sobretudo que compreenda quais são as razões para defender esta opção que pretende abrir uma Porta à que temos acesso todxs xs galegxs.

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