Som muitos os motivos que nos movem para sair às ruas, a situaçom política, económica e social, que vive o nosso país e em especial a nossa mocidade nom é para menos...
Neste caso o ataque ao associacionismo sentimo-lo como um ataque aos nossos cimentos, um ataque direito a nós mesmas, pois é a nossa razom de existência, a nossa liga está construída sob os mesmos princípios de solidariedade, igualdade e justiça social que derom vida à Rua Algalia de arriba desde há 4 anos. Como a nossa liga, um espaço pensado por e desde a ótica popular, rachando com os esquemas do capital do que deve ser umha liga, rachando com o que deve ser um edifício abandonado. Nós dizemos basta à especulaçom imobiliária, nós dizemos basta a que o desporto continue a ser umha ferramenta mais de acumulaçom de capital.
É o modelo que optamos para subsistir sem nengum tipo de ajuda institucional nem prestaçom de nengum tipo de facilidades para exercer o nosso desporto, e é através dos movimentos sociais coletivos e individuas que formam parte deles que conseguimos espaços para exercê-lo, um desporto que questiona e critica o modelo atual, e reivindica espaços coletivos para trabalhar de umha outra forma paralelamente à que se nos impom, para mudar esta realidade.
Todo isto, com as suas diferenças, representa cada um dos locais e centros sociais que formam o nosso país, algum mais vinculado com a nossa liga outros menos, mas igual de imprescindíveis para cambiar a nossa sociedade.
A nossa atitude em todo momento foi, é e será a de defender cada um deles de qualquer tipo de agrávio, assim todo, mobilizaremo-nos da mesma forma que o fizemos este sábado.
Além disso, denunciamos a atitude das instituiçoms cúmplices do acontecido com Escárnio e Maldizer assim como os distúrbios ocasionados pola polícia nas ruas de Compostela estes dias empregando como única ferramenta a violência contra as vizinhas e pessoas que solidárias, sabem da importância do trabalho social que o Escárnio constrói em Compostela.
Também denunciamos o silêncio cúmplice dos coletivos institucionais que nom fai mais que tentar ocultar o alto falante que é a gente nas ruas estes dias, esperando que todo fique calmo.
Contra a sua incapacidade para fazer-nos calar, de rachar os nossos sonhos e de matar os nossos espaços, seguimos a gritar, 10, 100, 1000 Centros Sociais. Porque quitam-nos um espaço, mas nom as ânsias de seguir construindo-os.
Escárnio somos todas!