Para o presidente do Comité de Empresa e porta-voz da CIG na Autoridade Portuária de Vigo, Diego González Domínguez, a justificativa da operaçom é profundamente incongruente e chega após um processo obscurantista e carente de diálogo com a representaçom dos e das trabalhadores/as, “que foi apanharda de surpresa”, indica.
Neste senso, desmente as supostas perdas geradas nas lotas de peixe, além de denunciar umha manobra premeditada há meses para preparar o terreno da privatizaçom. Assi, e apesar de contar com pessoal próprio e capacitado, a APV gastou quase um milhom e meio de euros anuais na contrataçom de empresas externas para a manutençom (342.000 euros, aos quais há que somar 215.000 para nom previstos no “rogo de condiçons”) e de limpeza (800.000 euros, que se adjudicarám este 23 de agosto).
Esse “excessivo gasto em manutençom” que argumenta o próprio López Veiga contrasta, segundo Diego González, “com as afirmaçons de que o que se leve a gestom da Lota se encontrará com umhas instalaçons totalmente renovadas e modernizadas”, pois deixa entrever um grande investimento “que nom fará mais do que alargar o gasto e agravar essas supostas perdas”.
Cortes em pessoal
Acrescenta, ao mesmo tempo, que o controlo de manutençom se viu muito afetado polos cortes de pessoal dedicado a supervisons, deixando sem preencher baixas e efetuanto reformas antecipadas, polo qual o estado de abandono das instalaçons “nom tem outros culpados a nom ser os dirigentes da Autoridade Portuária”.
No tocante à mençom sobre o gasto em vigiláncia da Lota, da CIG afirma-se com rotundidade que é um aspeto que atinge a Polícia Portuária como “pessoal melhor formado e capacitado”, e no caso da privatizaçom só vai conseguir recolocaçons noutros serviços sem supor nenguma poupança.
Advertem, isso si, do descontentamento crescente polo contínuo desprestígio desse corpo por parte de López Veiga, responsável, além da política de cortes e austeridade padecidas na APV.
Atitude caciquista
Para finalizar, o presidente do Comité de Empresa da Autoridade Portuária de Vigo lamenta a atitude caciquista de Veiga, “que faz e desfaz ao seu bel-prazer sem dialogar nem consultar com as partes envolvidas”.
“O senhor López Veiga enfrentou-se com os estibadores, com os inspetores do P.I.F e agora com os vendedores de peixe sem dialogar nem negociar com nengumha das partes afetadas e nom entende de que, apesar do que ele acredita, leva só dous anos aqui e nom sabe como funciona o Porto de Vigo. Está a dar cabo de umha maquinaria bem oleada e vai deixar o Porto de Vigo (que já se está a ressentir com a perda de tráfego e os fatais investimentos que se estám a realizar) numha situaçom irreversível”, conclui.