Cresce a temporalidade e mantém-se um alto índice de desemprego juvenil e de longa duraçom.
O mercado laboral galego nom dá sintomas de recuperaçom e continua a destruir emprego, tal e como mostram os dados do Inquérito de Populaçom Ativa (EPA) do segundo trimestre de 2016.
O nosso país conta um total de 5.500 ativos/as menos relativamente ao mesmo período do ano anterior, enquanto regista um incremento da temporalidade e mantém um alto índice de desemprego juvenil e de longa duraçom.
Como vem sendo habitual no segundo trimestre de cada ano, os dados da EPA deixam ver de novo um incremento da populaçom ocupada e umha queda do desemprego; a situaçom explica-se polo facto de se tratar de contrataçom ligada ao período estival e, portanto aos serviços, o único setor que regista um comportamento positivo.
A ligeira recuperaçom de ativos/as, com 7.900 mais do que no trimestre passado, nom se mantém em relaçom ao ano anterior, umha vez que a nível interanual continua a perda de populaçom ativa, concretamente 5500 ativos/as menos.
Ao mesmo tempo, o incremento da populaçom ocupada (um total de 12.900 pessoas), produz-se quase exclusivamente no setor serviços, onde a ocupaçom cresce em 13.000; na construçom produz-se umha perda de ocupados/as, 1.500 pessoas menos, enquanto a indústria nom regista variaçom.
O facto de a prática totalidade do incremento da ocupaçom ser no setor serviços, assim como que a maioria dos contratos serem temporários, demonstra o caráter meramente conjuntural desta evoluçom. As principais variáveis evoluírom da seguinte maneira:
2015/II | 2016/I | 2016/II | Variaçom trimestral | Variaçom interanual | ||
Total | Total | Total | Absoluta | Relativa | Absoluta | |
Total | 2.360,20 | 2.351,10 | 2.349,50 | -1,60 | -0,1 | -10,70 |
Ativos | 1.262,40 | 1.249,00 | 1.256,90 | 7,90 | 0,6 | -5,50 |
Populaçom ocupada | 1.009,90 | 1.021,10 | 1.034,00 | 12,90 | 1,3 | 24,10 |
Populaçom desempregada | 252,5 | 227,9 | 222,9 | -5,00 | -2,2 | -29,60 |
Inativos | 1.097,80 | 1.102,20 | 1.092,50 | -9,70 | -0,9 | -5,30 |
Fonte: EPA. INE
Outro dos fatores negativos do comportamento do desemprego tem que ver com que, apesar de o número de desempregados se reduzir em 5.000 pessoas, persistir uma taxa de desemprego juvenil de 52,1%; além disso, 44% dos desempregados e desempregadass levam mais de dous anos nessa situaçom. E 75.700 famílias tenhem todos os seus membros ativos no desemprego.
Atendendo a estes dados, da secretaria confederal de Emprego e Indústria da CIG incidem no insucesso das sucessivas reformas laborais aplicadas polos Governos do PSOE e do PP, umha vez que só servírom para desvalorizar os salários e precarizar as condiçons de trabalho.
Neste senso, o seu responsável, Miguel Malvido, alerta de que as conseqüências destas reformas deixam o nosso país numha situaçom social insustentável, "com milhares de trabalhadores/as no limite da pobreza e em risco de exclusom, visto que na atualidade conta com um salário que nom garante umha vida digna".
Finalmente, Malvido salienta a alta temporalidade do emprego, que nom deixa de aumentar mês a mês, assim como a elevadísima taxa de desemprego juvenil e de comprida duraçom. "Nom pode ser que haja quse 76.000 famílias com todos os seus membros no desemprego, já que isto quer dizer que nos encontramos diante de uma situaçom sociolaboral muito grave", conclui.