Isto no espaço de seis anos na década de 80 do passado século. Fagamos um pouco de história.
1. A primeira placa instalou-se no número 38 da rua do Rego d'Áuga, em cujo primeiro andar -na altura sede da Real Academia Galega- fundaram-se (1916) as Irmandades da Fala.
Aconteceu a homenagem aos irmaos fundadores no ano 80, a 18 de Maio, instaurado polo Facho como Dia da Nossa Fala, iniciativa que tivo variada fortuna, adotada aqui e acolá mas nunca benta pola Academia -que na altura quase estreava, prévio a prolongada localizaçom nuns salons do Paálcio de Maria Pita, o pardobazaniano palácio de Tavernas. Curiosamente, o atual presidente, abençoou sim a nova festividade na conferência que oferecera no dia anterior sobre as IF.
No ato de descobrimento da pedra em homenagem àqueles "nacionalistas galegos Antom e Ramom Vilar Ponte", salientou-se a presença de Mª Teresa Villar Chao (filha de Ramom) e do irmao Benito Ferreiro, dos primeiros das Irmandades, arroupados polas principais autoridades, como o Presidente da Cámara Municipal o presidente da tam citada Academia.
U-la esta placa que hoje já nom est ali? Pois a 23-12-1995 foi removida à inciativa nossa, perante as ameaças proferidas polo dono do local comercial do rés do chao, que substitura a lembrada livraria Ágora, acolhedora do marco no momento da sua instalaçom. A retirada fijo-se na inteligência de que a livraria Kipling aceitava a sua colocaçom na fachada da rua da Faixa, que fai a parte de trás do prédio do Rego d'Áuga: com isto recorria-se ao mal menor, falseando um pouco a realidade histórica, mas cumprindo o alvo informativo e social da placa: até hoje continua ali, já com outro negcio no sítio, mas evidentemente respeitado... para bem de todos.
2. No ano 81, a 17 de Maio, tivo lugar a colocaçom da segunda placa, esta vez no número 26 da rua do Orçám, quase no canto com a rua Alta: ali nascera, em 1874, "a figura universal do nacionalismo musical galego", desde cedo radicado na República Argentina, Andrés Gaos Berea. Anos leva essa velha fachada velada polo veu preservativo da ruína do edifício... e veremos o que o futuro depara a umha placa que atualmente apenas se dá decifrado atrás de veu tal...
3. A 18 de Maio de 1982, quadrando com os 75 anos da estreia do nosso hino na Havana, descubriu-se, no número 21 da rua de Joana de Veiga, a placa dedicada ao autor do poema que deu letra à nossa cançom nacional, Os Pinos, Eduardo Pondal. Ali morara e morrera 65 anos atrás o bardo de Bergantinhos.
E hoje ali segue em local tam estratégico da cidade: como se verá, a que entre todas desfrutou de melhor vida... embora esta e a primeira prcisem da repintagem das letras. Recuando apenas três semanas, foi por iniciativa do Facho que a Cámara Municipal da Corunha e o seu Departamento de Cultura colocárom, no vestíbulo do teatro Rosalia Castro, no dia 25 de Abril, placa comemorativa dos "primeiros Jogos Florais de Galiza", com o consequente álbum de la Caridad, "marcos fundamentais do resurgimento cultural e da nossa consciência nacional". Anos depois, 1985, no centenário da poeta, a Mesma Cámara Municipal instalaria na sua proximidade placa em honra de Rosalia.
4. No número 14 da rua de Santo Agostinho (enfrente ao popular Camarón de los Dolores), acha-se (logo substituda por outra, único caso entre todos de nom ser o edifcio da época) a casa em que morou e morreu, em 1923, Manuel M. Murguia, e anos depois (1964) a sua e de Rosalia última filha, dona Gala. A 18 de Maio de 1983, 150 aniversário do nascimento do patriarca, O Facho instalou (a cavalo dos números 14 e 16) umha placa em homenagem a este "impulsor do resurgimento nacional da Galiza". O cronista da cidade e a Banda Municipal acompanhárom o evento. Em contraste, os números 1 e 3, de granito e lavradas no obradoiro compostelám de Afonso Samartim, as placas números 2 e (esta) 4 som de mármore e os seus textos aplicárom-se com letras metálicas autocolantes.
Pois bem, com o tempo forom caindo algumhas delas. E em algum momento que pudera ser este ano 2016 em que ares de progresso mental ventilam a Cámara Municipal herculina (aí está a campanha, nem sempre compreendida, de renovaçom do nomenclátor urbano, para a qual O Facho também luitara reiteradamente na mesma década de 80), supom-se que foi Maria Pita quem restituiu as letras faltantes... Boníssima intençom reconhecida, há que advertir que a primitiva palavra FALA, com letras caidas, foi substituída pola palavra FESTA! Sem negar que o Dia da Nossa Fala é umha ocasiom festiva... concordemos em que com tal alteraçom altera-se o conceito original e reivindicativo de FALA. Talvez noutro momento nom afastado, quem o fixo o refaga, em aras da verdade histórica!
(Outra placa, plaquinha esta de bronze, aginha dessaparecida, fora chantada no pedestal do busto de Castelao, ano 1986 do seu centenário, ao impulso das A.C. da Corunha de que a nossa fazia parte,"en desagrávio. Sempre na Galiza. Sempre em galego" a sua inscriçom... para compensar a lenda em espanhol que mandara gravar a Cámara Municipal da Corunha promotor do busto... num ato que presidiu o inesquecível Dom Jenaro Marinhas).