O evento dará começo às 20h00 e, nele, o autor estará acompanhado pola escritora Susana Sánchez Arins.
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Fernando Pessoa fez um contributo de singular importância para a teoria literária quando assegurou que o poeta é um fingidor, o qual «finge tão completamente/ que chega a fingir que é dor,/ a dor que deveras sente».
Apesar do título, este 'Curso de Linguística Geral' é uma obra poética. Nela, Igor Lugris «veste-se com as peças de Pessoa e, com todo detalhe, dispõe os seus versos em torno a uma peculiar teoria do fingimento», salienta Teresa Moure no prefácio da obra. Porém, a pretensão do autor «não é inócua», assinala Moure: «Igor Lugris sabe que sabemos. Sabe que o seu roubo é apenas uma citação para deslocar-nos precisamente onde ele nos quer: fora de contexto».
Igor Lugris nasceu em Melide em 1971. Licenciado em Filologia Hispânica pela Universidade de Santiago de Compostela, reside no Berzo desde o ano 2003 e teve diversas ocupações laborais na sua vida, de professor de aulas particulares a chofer, passando por jardineiro, auxiliar administrativo, empregado de mesa ou trabalhador de um call center.
Para além de diversos textos em revistas, jornais e volumes coletivos, tem publicado três livros de poesia: 'Quen nos defende a nós dos idiotas?' (Letras de Cal, Compostela, 1997); 'Mongólia. Umha entidade estatal rugosóide' (Artefacto Editorial, Compostela, 2001); 'O livro das confusons' (Ediçons Infinitas, Ponferrada, 2006).
Na rede podem conhecer-se algumas das suas iniciativas artístico-culturais desenvolvidas nos últimos anos, como a exposição “Poesia para ver/Poesia para ler“, o cadáver esquisito “Há uma certa luz incompreensível na distância (Um cadáver na rede)”, ou a iniciativa “Escreve o abecedário“.