A informação foi confirmada aos meios russos Pravda e Riafan. No entanto, ainda há divergências sobre a causa da morte. Segundo o Pravda, Bolotov morreu vítima de uma doença que vinha enfrentando há muito tempo, enquanto que o jornal Izvestia aponta que foi devido a um ataque cardíaco.
Valery Bolotov se destacou na resistência popular ao golpe de Estado na Ucrânia no início de 2014, que resultou em mobilizações massivas no leste do país.
Com a ascensão de um governo de características fascistas em Kiev, as regiões de Lugansk e Donetsk, no Donbass, declararam independência por não aceitarem as novas autoridades. Surgiram então a República Popular de Lugansk (RPL) e a República Popular de Donetsk (RPD).
Devido à sua liderança na tomada de edifícios governamentais em oposição ao golpe de Estado, Bolotov ganhou prestígio e foi eleito chefe de Estado da recém-criada RPL em maio de 2014. Somente três meses depois, afastou-se do cargo para cuidar de ferimentos causados por uma tentativa de assassinato sofrida poucos meses antes.
Ele serviu o Exército Vermelho da União Soviética entre 1988-1990 e depois voltou à atividade militar sob a bandeira da RPL. Em 2016, participou das comemorações dos 75 anos do início da "Grande Guerra Patriótica", como era chamada a 2ª Guerra Mundial na URSS e ainda é chamada na Rússia e outros países que pertenciam à URSS.
Atualmente estava envolvido com a organização de ajuda humanitária para Lugansk desde Moscou.