Tolstykh, conhecido como Givi, foi morto nos arredores de Donetsk na quarta-feira, segundo informações preliminares, em resultado de um disparo de lança-foguetes Chmiel através da janela de seu gabinete.
As autoridades de Donetsk acreditam que isso foi um atentado que pode ter sido organizado pelos serviços secretos da Ucrânia. O funeral de Givi está sendo realizado em Donetsk nesta sexta-feira (10).
Segundo o correspondente da Sputnik, o caixão com o corpo de Tolstykh foi retirado do prédio do Teatro de Ópera e colocado sobre uma peça de artilharia puxada por um veículo rebocador, que percorreu a rua central da cidade seguido por milhares de pessoas.
"Segundo informação preliminar, a quantidade de pessoas aqui pode superar as 10 mil", disse à Sputnik um representante do Ministério do Interior de Donetsk.
O féretro se encaminhou para um dos cemitérios de Donetsk, onde Givi será sepultado.
Entretanto, Donetsk identifica a série de atentados, em resultado dos quais faleceram os líderes das tropas irregulares Arsen Pavlov e Tolstykh, como um processo de eliminação de pessoas simbólicas.
"Estamos assistindo a um processo em que começam a matar pessoas que são símbolos. O Misha (Tolstykh) era um símbolo, O Arsen (Pavlov) era um símbolo. É pena que estas pessoas estejam morrendo à mão de terroristas e não na linha da frente com armas nas mãos", disse aos jornalistas o vice-chefe do Comando Operacional de Donetsk Eduard Basurin.
Após o golpe de Estado na Ucrânia, Givi se tornou um dos ativistas do movimento pela autodeterminação das regiões orientais do país. Quando as tropas ucranianas começaram a operação militar contra a RPD e RPL, ele foi nomeado comandante e participou das batalhas por Slavyansk e Ilovaisk, bem como pelo aeroporto de Donetsk. O miliciano recebeu a medalha de herói da RPD e muitas outras condecorações.