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Diário Liberdade
Sexta, 18 Agosto 2017 11:24 Última modificação em Sexta, 01 Setembro 2017 11:34

Terrorismo jihadista mata 13 e fere dúzias na Catalunha: Frankenstein à solta na Europa

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País: Paísos Cataláns / Direitos nacionais e imperialismo

Um novo ataque mediante atropelamento massivo com umha carrinha trouxo de volta à Europa o terrorismo wahabita, paradoxalmente financiado polas potências ocidentais e do Golfo Pérsico.

Aquele invento monstruoso com que os EUA enfrentárom o Afeganistám laico aliado da URSS nos anos 80 e com que Israel neutralizou o movimento laico e de esquerda para a libertaçom da Palestina converteu-se numha grande maquinaria reacionária de matar em escala global.

Barcelona converteu-se onte no ponto mais recente de atuaçom na Europa ocidental do jihadismo. 13 pessoas mortas na Rambla, que poderám ser mais se houver mortes entre as numerosas feridas graves, assi como 5 supostos terroristas mortos a tiro passada a meia-noite em Cambrils, perto da capital catalá, é o saldo provisório do ataque com umha carrinha num dos principais pontos de atraçom turística da Catalunha. As vítimas tenhem origens muito diversas, devido à grande quantidade de turistas que estavam no local no momento do atropelamento massivo. Mais de 25 nacionalidades diferentes fôrom afetadas polas mortes de inocentes.

Nom demorou que o DAESH reivindicasse o ataque como próprio, o que deveria situar na mira das instituiçons catalás e europeias o seu principal valedor legal: a Arábia Saudita, com que partilha adscriçom sectária-religiosa e fundos petroleiros. Com efeito, numerosas pesquisas tenhem apontado para a ditadura saudita como sendo umha das principais fontes de financiamento e apoio para o wahabita Estado Islámico. Os Estados Unidos e Israel seriam outros dous pontos de apoio para a atuaçom do chamado "Califado", que a nível regional participou, junto ao Al Qaeda (promocionado polo Catar), nas principais "revoltas" desestabilizadoras contra estados laicos no Oriente Médio nas últimas décadas.

Em todos os casos, os interesses do imperialismo norte-americano e os seus sócios tenhem coincidido com a estratégia terrorista dos que os meios ocidentais persistentemente apresentam como "rebeldes" e "opositores" a Kaddafi, Al Assad, etc.

Frankenstein à solta na Europa

Foi precisamente o presidente assassinado da Líbia quem advertiu das conseqüências de utilizar o fascismo islamista para tombar governos nacionalistas laicos (Afeganistám, Líbia, Síria...) e para manter um "caos controlado" nesses países, assi como no Iraque, Egito, Iémen, etc. O risco era que o monstro criado nas caves do imperialismo (Israel-EUA-ditaduras petrolíferas) pulasse para a Europa.

Assi foi. A sucessom de ataques de todo o tipo contra as principais capitais europeias dá a razom a Kaddafi e a Al Assad, que advertírom que isso iria ocorrer.

Na verdade, massacres semelhantes com os mesmos protagonista acontecem freqüentemente um pouco por todo o mundo (o mais recente no Burquina Faso, com 20 pessoas mortas, há 4 dias). Porém, só ganham trascendência mediática os atentados no coraçom do imperialismo.

Entretanto, a Catalunha tenta que esta açom brutal nom interfira o seu processo de autodeterminaçom, que tem referendo marcado para 1 de outubro. O Estado espanhol, que excluiu a polícia autonómica catalá da Europol, dificultando a sua participaçom nas políticas preventivas de ataques como o de onte, aproveita a tragédia para promover a sua presença na Catalunha e para difundir mensagens unionistas.

Porém, e apesar do ataque contra a segunda cidade do Estado, ninguém espera qualquer medida por parte do Reino de Espanha contra o seu aliado, a Arábia Saudita, cuja casta governante mantém estreitas ligaçons com a Casa Real espanhola. Os negócios continuarám, incluída a venda de armas à ditadura wahabita, ficando a reaçom aos atentados dessa seita reduzidos à retórica e acompanhada polo incremento da pressom repressiva nas ruas do Estado espanhol.

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