Apesar de que muitos clamam pelo fim do conflito armado, que data de março de 2011, Washington se dedica a frear o avanço das tropas governamentais e seus aliados em Deir Ezzor, depois de ocupar cidades como Raqqa e Hasaka, ao norte.
Para atingir seus objetivos paralelos, as tropas estadunidenses, que lideram a Coalizão Internacional, se apoiam nas Forças Democráticas Sírias, uma aliança curdo-árabe que tenta se apoderar de territórios ricos em recursos naturais como petróleo e gás.
O apoio estadounidense declarado às organizações extremistas ficou demonstrado recentemente uma vez mais, depois do exército sírio ter tomado a cidade estratégica de Al-Mayadeen, na província de Deir Ezzor.
Nessa extensa área, as tropas leais a Damasco encontraram e confiscaram milhares de armamentos de fabricação estadunidense e israelense, entre eles 20 drones, sofisticados aparelhos de telecomunicações, centenas de fuzis e muita munição, segundo fontes militares.
Precisamente Israel, associado aos Estados Unidos, tenta perpetuar a instabilidade neste território do Levante.
Assim o demonstra o país de ideologia sionista com seus sistemáticos bombardeios aéreos contra instalações militares sírias a partir de territórios ocupados no Golãn ou do sul do Líbano, em franca violação da soberania desse Estado.
A situação militar se complicou ainda mais nos últimos dias - é necessário dizer - com a invasão da província de Idlib por parte de tropas da vizinha Turquia. O governo de Damasco considerou essa ação turca tão ingerencista como a presença no sudeste da Síria da base estadunidense de Al-Tanf, em que uniformizados treinam elementos terroristas sob a fachada de que são rebeldes opositores.
Ainda que alguns analistas concordem que, em relação a anos anteriores, o conflito armado na Síria diminuiu sua intensidade ao considerar a redução no número de ataques terroristas contra populações civis, as forças governamnetais ainda combatem em diversas frentes militares.
O exército, apoiado por unidades das forças aéreas russas, enfrenta os extremistas tanto em regiões do sul como no leste de Damasco; em algumas áreas de Homs e Hama, além de Deir Ezzor, onde estão ocorrendo batalhas decisivas contra o terrorismo.
Ainda quando, segundo fontes militares russas, resta pouco menos de 10% do território nacional nas mãos de grupos extremistas, especialistas consideram que falta percorrer muito caminho para alcançar a tão almejada paz nesta nação levantina.
Não são poucos os que, com uma próxima nova rodada de negociações sobre a Síria em Astaná, Cazaquistão, com a Rússia, o Irã e a Turquia (que defende grupos opositores) como países garantes, depositam suas esperanças em que é possível avançar mais na busca de uma solução política ao conflito sírio.
Com a implementação desse importante mecanismo, os patrocinadores do projeto conseguiram a criação de quatro zonas de distensão no norte de Alepo e Latakia; partes das província de Homs; e no sul, áreas de Quneitra e Sweida; bem como Gutta Oriental, no norte de Damasco.
A libertação pelo Exército de territórios antes ocupados por terroristas, a política governamental de reconciliação nacional e o estabelecimento das mencionadas zonas de distensão possibilitaram que mais de um milhão de deslocados e refugiados voltassem para suas casas desde o início da guerra antiterrorista.