Segundo o documento da agência imperialista, nomes como o do filósofo Michel Foucault, do antropólogo Levy Strauss e do historiador Fernand Braudel aparecem como uma via encontrada pelo imperialismo para a propaganda anticomunista.
O mais importante dessa revelação – o que para os que conhecem o teor do pensamento desses intelectuais não é nenhuma novidade – é como essa política atua ainda hoje, servindo como fonte de falsificações intelectuais antimarxistas. Além disso, serve para chamar a atenção para a mesma política imperialista em relação a ideias atuais que são filhas desses intelectuais.
Tanto naquela época, como hoje, o cerne do pensamento desses acadêmicos é a substituição da luta de classes, ou seja, da luta de vida ou morte entre a maioria explorada do mundo e uma minoria que vive do parasitismo daquela maioria, por uma ideia de que a sociedade é composta por uma série de divisões. A partir daí, a imaginação é livre: não haveria mais operários e burgueses, mas diferenças de gêneros; não haveria capitalismo e socialismo, mas defesa da ecologia; e assim por diante.
A mesma política impulsionadora desse pensamento revelado pelo documento da CIA, que vigorou nos anos 40, 50 e 60, é hoje colocada em prática pelo imperialismo.
A manipulação consiste em impulsionar as ideias de intelectuais que aparecem como “progressistas” ou de “esquerda” para combater o marxismo. É preciso atacar a ciência da classe operária e nada melhor do que pseudo-esquerdistas para dar legitimidade a uma política extremamente reacionária.
O financiamento se dava por meio dos investimentos da Fundação Rockefeller e da Fundação Ford e o imperialismo considerava (e considera ainda?) mais fácil os chamados intelectuais pós-marxistas convencerem do que os conservadores tradicionais, já “queimados” nos meios estudantis e intelectuais. Não é à toa que o imperialismo e, aqui no brasil, a imprensa golpista, desatou a fazer uma verdadeira campanha de propaganda em prol da “nova esquerda”. Como vemos, de nova não tem nada e de esquerda quase nada a não ser a aparência.