O Estado espanhol voltou a demonstrar nesta quinta-feira o grau de podridom do seu regime constitucional de 1978, com um recital de arbitrariedade judicial.
Cinco conselheiros, duas conselheiras e o vice-presidente do Governo legítimo, que foi destituído por um decreto governamental contra a vontade soberana do povo que os votara, fôrom agora impunemente detidos por ordem de umha juíza às ordens estratégia do regime. Os novos presos e presas som: Oriol Junqueras, Raül Romeva, Jordi Turull, Meritxell Borràs, Dolors Bassa, Carles Mundó, Josep Rull e Joaquim Forn
Com o apoio total de todos os grandes meios públicos e privados do ámbito espanhol, o Estado espanhol mandou prender os membros do Governo que nom tinham ido para o exílio, ficando só em liberdade na Bélgica o presidente legítimo, Carles Puigdemont, e mais quatro membros do seu Executivo.
Milhares de pessoas saírom imediatamente às praças das vilas e cidades da Catalunha, reclamando a liberdade do Governo eleito polo Parlamento com maioria absoluta, que foi arbitrariamente “desmontado” à distáncia polo Estado espanhol, situando no seu lugar a vice-presidenta espanhola, Saenz de Santamaria.
Desobediência popular
A reclamaçom de umha nova greve geral catalá ganha força, perante a total desproteçom institucional por parte da Uniom Europeia e do conjunto da chamada ‘Comunidade Internacional’, quase unanimemente alinhada com o Estado espanhol.
A partir de agora, três prisons madrilenas mantenhem os 10 presos políticos cataláns seqüestrados por um aparelho judicial perfeitamente compassado com os ritmos e velocidade imposta polo Executivo de Mariano Rajoi, que também conta com o apoio da maioria da oposiçom (PSOE e C’s) e umha morna oposiçom dos reformistas Podemos.
Apelos à desobediência e insubmissom, junto à participaçom nas eleiçons de 21 de dezembro, estendem-se no mundo do independentismo e polo movimento popular catalám, se bem o sector colaboracionista ligado ao madrileno Podemos ameaça com quebrar umha resposta unitária popular em massa.
Ameaça militar
Entretanto, o Governo espanhol elevou o tom das suas ameaças contra o povo catalám, através do chefe das suas Forças Armadas, o Jemad Fernando Alejandre, que nas páginas do jornal monárquico ABC indicou que “a história demonstra quem, chegado o caso, os espanhóis, e com eles as Forças Armadas, sabemos defender a nossa Naçom".
O chefe militar esqueceu referir que essa “defesa da naçom” foi sempre contra o próprio povo, e nunca contra exércitos foráneos. A última ocasiom “histórica” a que se refere foi o golpe de 1936, que foi seguido de um dos maiores genocídios do século XX.
Presidente legítimo no exílio
Este novo episódio repressivo dá toda a razom a Carles Puigedemont e ao resto de membros do seu Governo, refugiados na Bélgica perante a anunciada detençom arbitrária de todo o Executivo catalám em pleno. Graças à precauçom do presidente, umha parte do Executivo está protegido da ofensiva repressiva, sendo que ele mesmo pudo dar eco internacional à denúncia que fijo nesta mesma quinta-feira imediatamente depois das detençons, em emissom através da internet e da TV pública catalá, ainda nom intervinda polo Estado espanhol.
Entretanto, a caça ao Executivo legítimo proibido polo Estado espanhol continua e espera-se que em breve se dite ordem internacional de detençom contra Carles Puigdemont, que tentará evitar a detençom recorrendo a umha defesa além da fronteira espanhola, na Bélgica, no coraçom da Uniom Europeia.
Solidariedade galega volta esta sexta-feira às ruas
Para esta sexta-feira já fôrom convocadas mobilizaçons em diversos pontos da Galiza. Eis a lista no momento de redigirmos estas linhas:
Compostela, na praça do Toural.
Vigo, na ‘Farola de Urzaiz’.
Corunha, na Subdelegaçom do Governo espanhol
Lugo, na Subdelegaçom do Governo espanhol
Ferrol, na praça Amada Garcia.
Ponte Vedra, na praça da Peregrina,
Ourense, na Subdelegaçom do Governo espanhol
Vila Garcia. na praça da Galiza.
Redondela, na praça do Concelho