Briga, Erguer, Galiza Nova, Isca! e UMG assinam o texto, que a seguir reproduzimos na íntegra.
1-O: INDEPENDÊNCIA PARA RACHAR COM O SISTEMA
No aniversário do referendo catalám do 1 de outubro, queremos lembrar, por umha banda, a grande liçom de dignidade e organizaçom popular acometida polo povo catalám naquela jornada e por outra banda nom podemos deixar de lembrar a brutal repressom do estado espanhol, através da atuaçom das forças policiais aplicou umha violência desmesurada contra povoaçom civil, à vez que destroçavam mobiliário e prédios públicos na busca das armas dum povo que luita polo seu futuro, urnas de plástico e papeletas de votaçom.
As imagens da brutalidade policial contra um povo pacífico que só queria tentar decidir o seu futuro, dérom a volta ao mundo, destapando o que o independentismo galego levamos tempo a dizer; o estado espanhol é um estado antidemocrático e irreformável, que persegue toda dissidência desde a violência organizada contra a povoaçom.
O processo catalám veu corroborar que só os processos de libertaçom nacional existentes dentro do nhestado espaol, som quem de crebar a estrutura corrupta e clientelar do estado espanhol, herdeira do franquismo, o qual está instalado na justiça, na administraçom, na polícia e na própria política espanhola. O 1 de outubro amossou como a autodeterminaçom dos povos situa-se como a melhor ferramenta da classe trabalhadora no caminho da súa libertaçom ao trastornar o quadro de acumulaçom de capital e de exploraçom da força de trabalho e dos recursos da terra que constitui o regime de 1978.
Mália a repressom, o resultado das votaçons revela um panorama claro, a vontade do povo catalám para exercer o seu direito de autodeterminaçom na construçom dum estado próprio longe do estado imperialista espanhol. A reaçom deste último foi continuar a sua ofensiva antidemocrática e opressora, aplicando o artigo 155 da Constituiçom espanhola, o qual suprime a autonomia do governo catalám, o que se traduze num golpe de estado institucional. Aliás, vimos como os direitos civis básicos como o direito de reuniom, manifestaçom e expressom fórom postos em teia de juizo ao tempo que se violentou o direito de autodeterminaçom do povo catalám. Isto amossou-nos como os direitos dos povos nom se podem dissociar das liberdades coletivas e individuais.
Desde a Galiza condenamos a aplicaçom do 155, a subordinaçom do poder judicial espanhol aos interesses das elites do estado assim como também condenamos o encarceramento de políticos e ativistas cataláns por parte da justiça espanhola, amossando também a nossa solidariedade ao resto de ativistas e políticas que tivérom de fugir do seu país e exiliarem-se em diferentes pontos de Europa.
Isto é mais umha mostra do pavoroso caráter antidemocrático do Estado espanhol, que é um dos motivos por quais também nós luitamos pola nossa independência. É umha necessidade coletiva rachar com um estado que encarcera pessoas polas suas ideias ou vontades políticas, com um estado que utiliza a violência contra a povoaçom de jeito sistemático, com tal de manter o status quo dominante ao serviço do capital e da Uniom Europeia. Só será mediante as luitas de libertaçom nacional e de classe que consigamos melhoras materiais reais para os nossos povos.
Valoramos que o movimento civil, social e institucional produzido no passado 1 de outubro só foi possível graças à constante mobilizaçom e organizaçom popular que desde a desobediência e o conflito impulsárom umha crise de legitimidade da autoridade estatal sem paralelismos na Europa das últimas décadas. Posicionamo-nos ao carom do campo político, sindical e social catalám e sabemos que da sua força dependerá o avanço face a um novo cenário, um processo constituinte participativo onde poder discutir questons fundamentais para o povo catalám como a criaçom dumha banca pública, a soberania energética, o antimilitarismo ou a proteçom de direitos fundamentais como som a saúde pública e o teito digno.
A juventude independentista galega mostramos mais umha vez a nossa solidariedade com a luita do povo catalám, com a conviçom de que devemos caminhar também cara ao nosso direito a existir como naçom, só a independência e a soberania nacional plena garantira-nos viver em democracia e pôr fim aos problemas estruturais que temos como naçom, como classe trabalhadora e como pessoas moças rachando com um estado espanhol irremediavelente ao serviço do grande capital. Por isto, adquirimos o compromisso de apoiar individual e coletivamente o processo soberanista catalám e contribuir à construçom do nosso próprio, passando à ofensiva para exercer o nosso direito à autodeterminaçom para construirmos umha República Galega que saiba dar resposta aos nossos problemas sociais, econômicos, culturais e lingüísticos que tenhem raiuz na nossa dependência do estado espanhol.