Na declaração dos sindicatos que estão convocando o dia de solidariedade, apresentam “os trabalhadores e jovens da França estão desde março se mobilizando com greves, manifestações e ocupações contra a lei chamada El Khomri. Seguindo o ditado da União Europeia, da Troika o governo francês, como tantos outros governos europeus, pretende acabar com direito históricos dos trabalhadores franceses”.
“A reforma trabalhista que querem impor, entre tantas outras, pretende acabar com a jornada de trabalho de 36 horas e impor um aumento que pode chegar de 44 a 46 horas de trabalho semanas. Querem aumentar a duração do trabalho noturno e pretendem acabar com a indenização mínima nas demissões improcedentes. O articulo 2º da lei prioriza os acordos de empresas em detrimento dos acordos coletivos. Os atuais acordos anuais passam, a serem negociados a cada três anos com duração máxima de cinco anos e sem garantia dos direitos adquiridos. Nada, que desgraçadamente, os trabalhadores já não conheçam, não por acaso essa reforma trabalhista se auto intitula “reforma espanhola”.
A declaração destaca que o que une os trabalhadores da França com seus irmãos de classe na Espanha, Portugal e Grécia.
“Uma vez mais os trabalhadores e a juventude francesa com sua luta se converte em uma referencia para todos os trabalhadores europeus. Na França, Portugal, Grécia... e no Estado Espanhol os governos aplicam as mesmas receitas que ordena a União Europeia e a Troika: reformas trabalhistas, cortes, precarização do trabalho e salários de miséria”.
“Mais que nunca reafirmamos o que tem se convertido em um lema de luta: Governe quem governe os direitos se defendem, porque não haverá mudança alguma se os trabalhadores não retomarem o caminho da mobilização nas ruas e nas fabricas”.
“A luta dos trabalhadores franceses compete a todos. Se eles ganham, será uma derrota as reformas trabalhistas e um exemplo a se seguir por milhões de trabalhadores europeus”.
A jornada esta sendo convocada por sindicados como CGT, Solidariedad Obrera, Cobas, AST, organizações como as Marchas da Dignidad e apoiada por grupos como Classe contra Classe, Red Roja, Corriente Roja outros.
Na Itália e Alemanha
No mesmo dia, a solidariedade internacionalista estará também nas ruas da capital italiana. Varias organizações de esquerda e sindicatos combativos como Cub, Il sindicato è un’altra cosa – oposição do CGIL, SGB, SiCobas, Clash City Workers, USI, ASBEL CNL, Unicobas, Sinistra Anticapitalista, PRC y PCL estão convocando uma concentração as 18 horas no Campo de’ Fiori en Roma
Na sua declaração pronunciam por greve geral europeia.
“Uma França rebelde dos trabalhadores e dos estudantes esta lutando. Durante mais de dois meses, a pesar das provocações da policia e da dura repressão, esta se desenvolvendo um extraordinário conflito dos trabalhadores e jovens estudantes, dos setores precários, contra o projeto de lei El Khomri do governo de Hollande – Valls que precariza o trabalho e destrói os direitos dos trabalhadores, igualmente na Itália, a lei Jobs Act de Renzi, eliminou o estatuto dos trabalhadores”.
“Enquanto continuam os bloqueios do movimento Nuit Debout, o 14 de junho representa um passo fundamental com a greve geral lançada desde a coordenação intersindical, preparando para ocupar Paris com uma mobilização massiva. Uma greve geral que queremos apoiar com nossa presença na praça em frente a embaixada francesa”.
Porque a luta dos trabalhadores e trabalhadoras francesas é nossa luta, sua vitória também será nossa vitória. Contra a lei da reforma trabalhista italiana, contra o estrangulamento do povo grego, junto aos trabalhadores belgas e espanhóis, por uma greve geral europeia!