O exercício multinacional "Iniochos 2018" – com a participação de um grande número de forças dos EUA, Grã-Bretanha, Itália, Israel, Emirados Árabes Unidos e Chipre – não está a ser efectuado para o fortalecimento da defesa [da Grécia] nem para a protecção dos direitos de soberania do país, mas constituem um "ensaio de guerra". Tais exercícios testam na prática os planos operacionais estabelecidos pelas potências imperialistas, com o objectivo de pilhar os recursos da região e controlar as suas rotas de transporte, sangrando e desenraizando os povos, como na Síria. Por essa razão o embaixador dos EUA, G. Pyatt, foi convidado para assistir ao exercício.
As declarações do ministro da Defesa [da Grécia] respeitantes ao "reforço geopolítico" do país, com os elogios aos EUA, à UE e à NATO, obscurecem o facto de que, por este caminho, a Grécia está envolvida nos planos e rivalidades dos poderosos centros imperialistas os quais "instalam" suas forças militares, defendendo os interesses monopolistas interessados em avançar na região.
Ao mesmo tempo, [o ministro da Defesa] está a tentar deliberadamente enganar o povo quanto aos enormes perigos que [tais exercícios] apresentam para a segurança dos povos, quando o governo aceita a transformação do território da Grécia num vasto terreno de testes para planos de guerra e para a instalação de bases militares estrangeiras".
Finalmente, o "reconhecimento" da capacidade de combate dos pilotos gregos dentro do quadro do exercício da NATO "Iniochos 2018" é uma enorme provocação e um insulto a todo o pessoal das Forças Armadas, quando a própria aliança predatória fecha os olhos às violações turcas do espaço aéreo grego, onde estes mesmos pilotos arriscam a vida a fim de confrontá-los. O mesmo se aplica à declarações do embaixador dos EUA, G. Pyatt, quanto ao caso da prisão dos dois soldados gregos, desempenhando mais uma vez o papel de Poncio Pilatus".