“Winnie era uma resoluta ativista pela igualdade de gênero e uma revolucionária democrática nacional. O Partido Comunista da África do Sul está profundamente preocupado com o fato de que a revolução sul-africana está perdendo seus veteranos que contribuíram imensamente para nossa luta contra a opressão colonial”, disse em nota o partido comunista sul-africano. O partido ainda enviou condolências aos familiares e amigos de Winnie, e também para toda a aliança nacional pela libertação e para todos os sul-africanos.
"A África do Sul ficou mais pobre após sua partida do mundo dos vivos", declarou a nota, que lembrou a importância de se preservar a memória de Winnie para as pessoas jovens e para as gerações futuras. "Um relato preciso de onde vem nossa sociedade é crucial para nossa visão nacional de uma África do Sul não racista, não sexista, democrática e próspera baseada na emancipação social".
"A contribuição que a camarada Winnie fez à revolução sul-africana, seus sacrifícios durante o curso e, por outro lado, as reações reacionárias, repressivas e torturantes que sofreu no regime do apartheid, podem produzir volumes de livros de história, humanidades e ciências sociais", continuou o partido, que reiterou sua convicção da necessidade da criação de um movimento progressista de mulheres em memória de Winnie. "O movimento deve, inspirando-se em sua [de Winnie] vida e época revolucionárias, dedicar seu foco para acabar com o patriarcado em nossa sociedade e resolver os problemas sistêmicos de desigualdades de classe, nacionais e de gênero, desemprego, pobreza e insegurança social".
A classe trabalhadora, em particular as mulheres, estão na ponta do abismo do sistema capitalista. O movimento, e de fato todos os sul-africanos amantes da paz, devem pegar a lança, avançar e aprofundar a segunda fase radical de nossa transição do colonialismo e seu legado", conclui a nota.