As ligações entre os curdos na Síria e Israel têm tido eco – mais ou menos recente – nalguma comunicação social, no âmbito das movimentações norte-americanas e sionistas que visam aprofundar a desestabilização na Síria.
Este domingo, um portal em língua árabe citou uma «fonte especial», de acordo com a qual cerca de duas dezenas de militantes do Partido União Democrática (PYD, na sigla curda) foram enviados da cidade de Qamishli, na província síria de Hasaka, para territórios ocupados da Palestina, para ali serem treinados pela Mossad, informou a agência iraniana Fars.
Os militantes curdos foram primeiro transferidos para Erbil (na região do Curdistão iraquiano) e só depois viajaram para a Palestina ocupada, acrescentou a mesma fonte, sublinhando que o treino se integra no plano de criar uma «Mossad curda» no Nordeste da Síria.
A principal missão deste novo corpo será a de «recrutar mercenários» para a Mossad na Síria e noutros países da região, cimentando desta forma os interesses de Telavive no Médio Oriente.
Apoio saudita aos curdos, à divisão da Síria
Uma delegação diplomática da Arábia Saudita, liderada pelo ministro dos Assuntos do Golfo Pérsico, Thamer al-Sabhan, manteve um encontro recente (revelado esta sexta-feira) com uma delegação diplomática norte-americana e membros das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) na região petrolífera de al-Omar, na província de Deir ez-Zor (Leste da Síria).
De acordo com a Fars, tratou-se de uma aproximação à coordenação de um plano para separar a região a Leste do rio Eufrates do resto da Síria, com referências a apoio técnico e logístico.
Num outro encontro, referido pelo portal noticioso em língua árabe Xeber 24, al-Sabhan transmitiu uma mensagem de «apoio total» do príncipe saudita Mohammed bin Salman às FDS no Nordeste da Síria.