Bancos, fábricas, lojas, empresas de telecomunicações, correios, mineração, construção civil, transporte e funcionalismo público foram algumas das categorias que atenderam ao chamado das dez entidades de classe que, não vendo alternativa, e após falharem as negociações com o governo, decidiram utilizar a arma mais eficiente para impulsionar as reivindicações mais imediatas da classe trabalhadora: a greve.
As propostas do governo de aumento do salário mínimo em 42% para trabalhadores/as não qualificados não eram suficientes e a seguridade social ou pensão não estavam garantidas para milhões que estão fora do setor organizado.
Além disso, os planos governamentais de privatizar setores estratégicos, como transporte e defesa, entregando-os para o capital estrangeiro, foram amplamente rechaçados.
Segundo os organizadores, cerca de 180 milhões de pessoas participaram da greve, uma das maiores já registradas em toda a história. No entanto, a mídia indiana noticia que houve detenções de manifestantes por “apoiarem a agitação” e também coerção por parte da polícia para que grevistas voltassem ao trabalho.
Desde o início de seu governo, há dois anos, Narendra Modi tem implementado políticas de flexibilização de leis trabalhistas para beneficiar as grandes empresas e atrair mais investimento do capital estrangeiro. Essa foi a segunda grande greve geral desencadeada contra essa políticas.