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Diário Liberdade
Quarta, 04 Mai 2016 21:41 Última modificação em Sábado, 07 Mai 2016 11:12

Trump sozinho 'na ponta' e surpresa de Sanders em Indiana

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País: Estados Unidos / Institucional / Fonte: Esquerda Diário

[Celeste Murillo] Com a retirada de Ted Cruz, Donald Trump tem o caminho livre para conseguir a nomeação republicana. Do lado democrata, Bernie Sanders volta a surpreender.

Antes do final do discurso de Ted Cruz, a CNN já anunciava que o senador pelo Texas estava se retirando da competição. A primária republicana de Indiana terminou com um triunfo completo de Trump, com mais de 15 pontos de diferença.

De nada serviram a campanha anti-Trump e a aliança entre Ted Cruz e o governador de Ohio, John Kasich, que tinham concordado em somar esforços contra Donald Trump, depois do triunfo do multimilionário nas cinco internas da terça-feira, 26 de abril.

Com este resultado, Trump alcançou cerca de 1.050 delegados, muito próximo dos 1.237 necessários para conquistar a nomeação e evitar o cenário de uma convenção aberta ou negociada, onde se reabra a discussão sobre os candidatos.

As porcentagens que Trump vem conquistando nas últimas primárias o localizam próximo de superar “folgadamente” seu objetivo. Resta saber qual será a resposta do establishment republicano, que fracassou em todas as suas políticas contra o ascenso do porta-voz da ira da base do partido e da direita conservadora. A resignação vencerá, ou serão ensaiadas novas saídas?

Bernie Sanders fez de novo

Ironicamente, a música da ex-estrela pop Britney Spears (partidária fervorosa de Hillary Clinton), serve hoje de trilha sonora para a nova surpresa de Bernie Sanders. Por mais que a campanha de Clinton não pudesse descartar um resultado adverso (sobretudo pela participação de independentes na interna aberta), todas as pesquisas consideravam-na a vencedora. Mesmo assim, o senador por Vermont se impôs por mais de 5 pontos sobre Hillary Clinton. Indiana revelou mais uma vez as debilidades da ex-secretária de Estado: pouco mais da metade dos eleitores do estado confiam em sua figura; perdeu eleitores entre os trabalhadores brancos (um de seus “ativos”); foi superada amplamente por Sanders entre os independentes, obtendo 73% do apoio deste setor (New York Times).

Este resultado representa uma vitória para Bernie Sanders, que enfrenta uma campanha midiática e do establishment democrata por sua retirada da disputa e para que, assim, abra o caminho à Hillary Clinton. Ao mesmo tempo, representa um golpe para a campanha da ex-secretária de Estado de Obama, não tanto pela interna democrata, que Clinton lidera comodamente (ainda que somando os superdelegados), mas sim por sua projeção como candidata presidencial.

Donald Trump já golpeia como candidato

Trump fez sua entrada triunfal em Nova Iorque com Start Me Up dos Rolling Stones. O multimilionário não vê a hora de “dar a partida” na campanha e não parar mais. Já desde sua múltipla vitória na terça, 26, Trump vêm atacando à Hillary Clinton e busca debilitar sua candidatura, apostando em seu calcanhar de Aquiles: o pouco entusiasmo que gera na base democrata em comparação com a campanha de Bernie Sanderes. Além disso, disparou contra a potencial candidata democrata dizendo que, se Hillary não fosse mulher, não conseguiria nem sequer 5% dos votos.
O problema de Clinton é não ser uma candidata atrativa nem por seu perfil “feminista” (Bernie Sanders segue sendo o favorito entre as mulheres menores de 30 que se definem feministas), nem por seu perfil de centro (ainda que possa ser uma opção atrativa para um setor que não quer votar em Trump, Clinton é muito liberal e pouco eficiente para os mais conservadores, além de ter que lidar com a “herança” política de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton).

Mas o resultado mais importante de Indiana é que Donald Trump já falou em seu discurso de vitória como candidato a presidente, identificou seus inimigos e se lançou a batalha. Hillary Clinton, apesar dos números, não está em condições de fazer o mesmo.

Traduzido por Seiji Seron

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