Num ano marcado pola ameaça da aplicaçom das reválidas, em Erguer apostamos por umha linha de trabalho focada a incorporar como sujeitos ativos às estudantes que costumam participar de forma passiva nas dinámicas do movimento estudantil - marcado polo lógico peso da Universidade, mas também em ocasions polo seu elitismo-: as estudantes de ensino médio. Para isto, artelhamos o referendo sobre a LOMQE, que nos permitiu achegar-nos a múltiplos institutos da Galiza e ver com claridade que o ensino médio galego lhe dizia “nom” a leis segregadoras, que nom potenciam as capacidades das estudantes, nem tenhem umha intençom formativa.
Com esta campanha conseguimos certa referencialidade como agente estudantil e melhoramos (1) quantitativamente: como organizaçom, abrindo a ferramenta de Erguer a estudantes com umha longa vida académica por diante, assegurando um bom relevo geracional na mesma, e (2) qualitativamente: entendendo melhor as necessidades do estudantado das médias, o qual refletiu que tem tanta ou mais combatividade e iniciativa de luita que o estudantado universitário.
Por enquanto, as companheiras organizadas em ANEGA lográrom integrar a muitas estudantes compostelanas na sua organizaçom, para além de expandir-se territorialmente a vários pontos da Galiza, tendo em conta que quando se constituírom o passado três de maio só tinham presença real em Compostela.
Na primeira parte do ano académico, frente à greve do 26 de outubro, lançada de forma unilateral pola organizaçom espanhola Sindicato de Estudantes, tanto as estudantes organizadas em Erguer como em ANEGA, rejeitamos morder da “maçá envenenada” que som as denominadas “jornadas de luita” do SE. Desde Erguer sacamos um valente comunicado no que denunciávamos as greves convocadas por esta organizaçom sem presença real nos centros de ensino, sem trabalho diário, sem contar como estudantado galego organizado ou nom organizado, que só se movem polas diretrizes da sua organizaçom em Madrid, e que seguem ritmos que nom se correspondem com a nossa realidade nacional, as quais nom tenhem nengum tipo de utilidade senom que só aportam derrotas e desmobilizaçom do movimento estudantil galego (MEG). E neste caso, ANEGA optou por obviar a sua convocatória e guardar silêncio, o qual choca com que agora aproveite para tirar um comunicado e criticar a última greve lançada desde a nossa organizaçom, com a intençom de sacar rédito organizativo com isto, sabendo que houvo um debate interno a redor disto, e amossando muita mais dureza contra umha organizaçom da esquerda nacional com ampla presença e trabalho real que cara as tradicionais práticas nocivas do SE.
Doutra banda, de cara a greve do 24 de novembro, Erguer, amparando-nos no trabalho e mobilizaçom prévio do referendo, e junto com ANEGA e Acción Universitaria, chamamos às estudantes de ensino médio à rua na conjuntura da previsível paralisaçom do calendário de implantaçom das reválidas. Esta jornada foi umha clara demostraçom de que enquanto nom sejamos capazes de gerir um movimento amplo e de massas será impossível alcançar vitórias para o estudantado.
A constituiçom e os primeiros passos dados polas organizaçons que apostam polo marco nacional de luita mostram muitas eivas e condutas a melhorar, mas suponhem um claro avanço para o movimento estudantil galego e ante a complexidade organizativa do MEG amossam que ainda que nalguns espaços podamos caminhar separadas é preciso unir-se e encontrar-se noutros para golpear com mais força, já que o trabalho unitário tem-se que ir forjando no dia a dia, sendo este umha aposta clara e nom só para datas concretas.
Mas voltando ao que atinge à nossa organizaçom há que dizer que devemos aprender da experiência passada, sacada trás a análise dos erros e acertos cometidos por organizaçons antecessoras a nós e do dificultoso processo de unidade orgánica. Todos os avanços e saltos quantitativos e qualitativos dados com a criaçom de Erguer. Estudantes da Galiza, vêm-se em franco perigo se organizaçons políticas que intervenhem dentro dela levam dinámicas desonestas e antidemocráticas que apostam pola instrumentalizaçom da ferramenta para fins alheios à própria melhora das condiçons do estudantado galego de extraçom popular. Frente a isto devemos defender o assemblearismo e a radicalidade democrática, com o objetivo de criar a ferramenta organizativa de combate do estudantado galego, a ponta de lança que se situe em cada batalha concreta e sirva como apoio na luita das estudantes galegas por um ensino nitidamente feminista, adaptado à realidade da Galiza e feito por e para as classes populares.
Forjaremos esta ferramenta sindical só com a participaçom do alunado de cada centro de estudos nas suas problemáticas concretas, apostando por articular um movimento estudantil auto-organizado fora da influencia estatal para luitar com mais determinaçom ainda e organizar ao estudantado pertencente ao povo trabalhador galego para todas as batalhas que nos quedam até conquerir o ensino polo que luitamos, que só pode dar-se no quadro jurídico da República Galega. Devemos defender umha ferramenta estudantil plural e de massas que se conecte de forma autónoma com o resto de atores e o total da sociedade no caminho dumha educaçom galega e popular, na que nom se podem conceber greves de jeito rutinário e se passem a gerir mobilizaçons que sim se correspondam com as necessidades reais do estudantado, que nos garantam vitórias concretas cada vez que as estudantes saímos às ruas. Umha greve nom pode ser património de nengumha organizaçom se nom do sector social que protagoniza as demandas e neste caso é umha ferramenta que precisa da participaçom ativa de todo o estudantado, tecendo amplas alianças com os demais entes estudantis e o estudantado nom organizado desde a base aportando trabalho real e sinceridade.
A construçom dum movimento estudantil forte só pode partir da coerência, da honestidade, da confiança mútua e do respeito entre os diversos agentes que o dinamizam e atuam dentro do mesmo; das batalhas diárias; do esforço militante; da unidade real; da soma das suas forças; da incorporaçom do estudantado nom organizado; da profundizaçom das problemáticas concretas; da colaboraçom entre estudantes organizadas; da consciência de que o movimento estudantil é mais amplo que qualquer ente que intervenha dentro dele e de que estes o devem potenciar para gerir um movimento social plural, combativo e de massas com a capacidade de alcançar vitórias concretas e de incidir na luita por um ensino galego e popular.
A expansom e a melhora de Erguer como ferramenta para o estudantado das classes populares galegas só pode partir da auto-organizaçom, do assemblearismo e da combatividade; abandonando os múltiplos taticismos que se podem dar dentro da mesma e que estám intrinsecamente relacionados com as desonestidades e a falta de coesom organizativa, pulando polo peso e autonomia das bases e acabando com dinámicas burocráticas, verticais e os debates teledirigidos de acima para abaixo, que dificultam a participaçom ativa das militantes de base.
Analisadas as potencialidades do estudantado galego e que pode ter o nosso movimento estudantil, deixemos dumha vez os medos fora, é a hora de sair a ganhar.
Chema Naya Vila é estudante de Ciências Políticas na USC, militante de BRIGA e membro do Conselho Nacional de Erguer. Estudantes da Galiza.