Vemos na mídia surgirem matérias sobre o futuro da humanidade na dependência das tecnologias, espacial, cibernética, etc. Sempre na dependência de uma elite poderosa que manipula a história dos povos.
Regendo a ciência e a técnica, as elites financeiras transnacionais almejam um Novo Mundo a partir dos robôs que substituirão a "classe trabalhadora" no futuro (sem sindicatos, sem reivindicações, sem famílias, sem doenças, sem habitações, sem escolas, sem salários). A quem interessa este panorama? Aos grandes empresários e à elite financeira investidora.
E o que fazer dos atuais humanos que oscilam entre a classe média baixa, o operariado e o lumpem desempregado e esfomeado? Juntá-los aos milhões que emigraram dos seus países e hoje enfrentam o repúdio de chefes de Estado (também eles descendentes dos antigos emigrantes da Europa ou do Oriente Médio em séculos passados) para povoarem outras paragens. Multiplicam-se as utopias de cientistas "salvadores da humanidade" ou, talvez, da elite que restar com espaço para as suas farras, sem pobres à vista, com lindos robôzinhos trabalhando calados e sem descanso. Talvez assim consigam evitar a crise final do sistema capitalista (pensam os mandantes).
Tais ideias estimulam a mídia na sua função seguidista de informação e formação social ao serviço dos defensores do sistema capitalista "sem povo" que tentam arrumar as sociedades com prédios modernos, equipamentos eletrônicos e chefes de equipe treinados na submissão calada. Não será necessário fazer eleições nem gastar o bestunto inventando aparências democráticas. Mas, um detalhe: Quem serão os consumidores de tal sociedade terráquea?
Somos sete biliões de indesejados pela elite soberana do mundo capitalista. A realidade que nos cerca é outra e outro é o ponto de vista dessa maioria de humanos. Mais fácil seria exportar a minoria elitista com as suas companhias robotizadas e seus hábitos defensivos de classe mandante e darmos início a uma boa faxina social com a justa distribuição da renda.
É ilusória a ideia de criar-se um Estado Social para os desempregados substituídos por robôs e desrespeitoso para qualquer ser humano querer extinguir a possibilidade de trabalhar que significa a única forma positiva de inserção na dinâmica produtiva da vida social. Marx já havia sublinhado que "o trabalho é uma necessidade de vida e de formação social do ser humano". Que a alienação fique para os robôs e seus donos, e que emigrem para Marte ou outro planeta mais distante.
Fonte: Portal Vermelho