A besta deita por terra qualquer sistema de garantias destinado a proteger a açom política, os conceitos da própria democracia burguesa ao violar a capacidade das instituçons arrastrando consigo a liberdade de expressom ou o direito a participaçom política, dinamita a pouca independência judicial que podia ficar num estado da febleza democrática de Espanha e resulta irrisório falar de neutralidade da fiscalia ou das forças policiais, que operam para impedir a construçom dum novo marco jurídico, político e econômico em Catalunha que foi decido por canles por inteiro democráticas.
Nestas semanas de instauraçom e normalizaçom da noite de pedra, do giro centralizador e ditatorial das instituçons da burguesia espanhola eu lembro-me dos milheiros de catalanas que se rebelam e empurram para impedi-lo.
A cada movimento repressivo do Estado, lembro com mais força o vivido. Lembro-me do som ensurdecedor da cacerolada das dez da noite que sacudia Barcelona (e dos pelos de ponta ao ouvi-lo) da visita o dia prévio o referendo aos colégios eleitorais que ferviam de gente, dos postos de informaçom e organizaçom, da assembleia do 31 no Raspall, tenho gravadas na mente as imagens vividas no colégio Josep Maria Jujol na Vila, a chegada das furnas e das papeletas protegidas por centos de pessoas, as conversas, as lagrimas, os risos, a emotividade ao cantar o hino... Sei que nunca vam exiliar a esperança por construir um país mais justo que se respirava o 1 de outubro na Praça Catalunha, nem que por muito que o intentem vam encarcerar a todas as pessoas que compúnhamos aquela gigantesca coluna do bairro de Gràcia que cruzou a Diagonal de Barcelona na greve geral do 3 de outubro, nem tenhem a capacidade de amedrentar todas aquelas que se unirom por primeira vez em assembleias para tecer o seu próprio futuro, tenho claro que os laços gerados desbordam a repressom por inteiro, que soberania recuperada é imensa e nom colhe em Estremera.
As que levam o facho fronte o vosso obsceno negrume vos superam (e por muito) as companheiras desde as trincheiras da juventude, das assembleias de bairro, desde os sindicatos da precariedade, das ferramentas do estudantado, nas luitas pola vivenda, desde o movimento feminista, desde os comitês na defesa da república, desde o partido e a frente institucional, desde a luita polo ócio e a cultura... Desde umha extensíssima rede que opera a múltiples articulam a República que queredes frear e nom podedes.
Com a Catalunha a latejar no peito tenho cada vez mais claro que Espanha é incompatível com a democracia, a ledicia e o progresso e por isso é simplesmente inamissível. Desde a Galiza que se sabe País e exerce com tal, continuaremos sem nenhum tipo de timoratismo a defender a materializaçom da República Catalana.