Porém, o que mais chamou a atençom ao longo destes dias foi o facto de os partidos até hoje maioritários, PP e PSOE, terem introduzido a questom sem complexos no momento central da campanha eleitoral, pola mao de Alberto Núñez Feijóo no debate televisivo com os outros candidatos e candidatas, e pola de Xoaquín Fernández Leiceaga dous dias mais tarde, quando através de David Balsa propujo ao primeiro-ministro português a entrada da Galiza na CPLP. Nom conformes com isso, estes e outros partidos (CxG, BNG, En Marea) recebêrom a AGAL para avaliar em reunions de trabalho cada umha das dez propostas que a nossa associaçom lhes fijo para a próxima legislatura.
Sempre haverá quem diga, e terá toda a razom, que nom se podem confundir as promessas de um político ou política em campanha com o cumprimento da palavra dada depois de ter ganhado as eleiçons. Na AGAL nom o confundimos e sabemos que vamos ter de ser exigentes para os partidos respeitarem o prometido, mas mais importante que cada umha das propostas realizadas polas diferentes opçons eleitorais é que todas elas lançam, pola primeira vez, ideias na mesma direçom, produto de um consenso que tardou em chegar, mas que temos a certeza que véu para ficar e que ainda se há de acentuar. É neste sentido que a próxima legislatura poderá ser diferente às outras, e o reintegracionismo e a AGAL vam trabalhar incansavelmente para que a atual unanimidade nom só nom se rompa, senom também para que tenha conseqüências e seja benéfica para todos os galegos e galegas sem exceçom.
Sem obviar as legítimas diferenças que os distinguem, é responsabilidade dos partidos políticos favorecerem um clima que permita à nossa sociedade tirar o máximo proveito da nossa língua, salvaguardando-a das luitas partidárias que tanto a fragilizam. Já passárom os tempos em que os partidos simplesmente pretendiam fazer prevalecer a sua postura sobre as outras. Os avanços agora terám que chegar pola mao da interpretaçom que o conjunto de umha sociedade mais madura faga das possibilidades de progresso lingüístico e social para a Galiza do futuro.
O reintegracionismo está em disposiçom de contribuir enormemente neste sentido e quer fazê-lo com responsabilidade e propositivamente. Por isso, parece-nos imprescindível que os partidos comecem por acordar medidas para desproblematizar a questom normativa, dando expressom institucional a quem já decidiu escrever o galego como no resto dos países lusófonos. Nom faria sentido que um dos movimentos sociais que mais iniciativas está a produzir em prol da cultura galega, continue afastado de concursos literários, de órgaos como o Conselho da Cultura Galega ou do acesso a apoios públicos.