Apesar da excelente situação económica que vive o setor da hotelaria, restauração e turismo os salários não são atualizados desde 2011. Para a época de Páscoa deste ano a taxa de ocupação é bastante elevada e, no Porto e norte do país, os hotéis estão quase esgotados. Neste quadro, os sindicatos convocaram diversas ações para os próximos dias.
Nesta terça-feira 11 de abril, realizou-se uma ação à porta do Hotel Crowne Plaza Porto pelo pagamento do valor devido nos feriados, pela negociação do caderno reivindicativo, por aumentos salariais dignos e contra a precariedade. A ação foi organizada pelo sindicato da hotelaria do norte/CGTP.
Para os próximos dias e convocadas pelo mesmo sindicato, estão marcadas ações de denúncia e protesto à porta dos hotéis que não responderam à proposta sindical e nas Pousadas de Portugal, onde segundo a CGTP, decorrem negociações.
Estão convocadas ações para:
- 13 de abril, a partir das 18:30 horas, em Vilamoura. Segundo a CGTP, “Com partida junto ao Hotel Crowne Plaza Vilamoura, o protesto percorrerá a zona central de Vilamoura e terminará junto ao Hotel Luna Olympus, onde serão feitas as intervenções, entre as quais a do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos”.
- 13 de abril, no Hotel Palace Vidago, pertencente ao grupo Unicer, que segundo o sindicato “não dá aumentos salariais a estes trabalhadores há 6 anos e discrimina-os nos prémios e regalias sociais”;
- 14 de abril, na Pousada do Freixo, “onde o grupo Pestana deixou de aplicar o Acordo de Empresa e está a retirar direitos”;
- 17 de abril no hotel Ipanema Park pertencente ao grupo Hotéis Fénix, “onde os salários não são aumentados há 6 anos e o trabalho em dia feriado não está a ser bem pago”.
35 cadernos reivindicativos
Segundo a CGTP, já foram apresentados 35 Cadernos Reivindicativos, que envolvem mais de 40 estabelecimentos e mais de 2.000 trabalhadores.
A luta em torno dos cadernos reivindicativos já obteve bons resultados com a conquista de aumentos percentuais de 1% a 3% e aumentos fixos entre 10 e 30 euros. No caso dos 30 euros, a percentagem ultrapassa largamente os 3%.
A central sindical refere ainda que para, além dos aumentos salariais, “foram repostos muitos direitos como diuturnidades, progressão na carreira, pagamento devido dos feriados, subsídio noturno, subsídio de alimentação nas férias”.