Os detidos Oriol Junqueras, Meritxell Borrás, Jordi Turull, Raul Romeva, Josep Rull, Carles Mundó, Joaquim Forn e Dolors Bassa foram encerrados em cinco estabelecimentos prisionais de Madrid estando também aí já detidos, desde 16 de Outubro, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, presidentes das duas maiores associações independentistas da Catalunha.
Em Barcelona e em várias vilas e cidades da Catalunha, assim como na Galiza, no País Basco e em outros locais do Estado espanhol, milhares de pessoas têm-se manifestado contra a repressão e a prisão dos conselheiros destituídos. A “democracia”espanhola, com os partidos espanholistas e o seu aparelho de estado (incluído o seu aparelho jurídico), tem-se mostrado em vários aspectos, nomeadamente no repressivo, uma boa herdeira do franquismo. Repressão exercida aqui, na Catalunha, como resposta às maciças manifestações pacíficas e ao voto do povo, como já antes se verificara no País Basco, então contra os militantes da luta armada, seus familiares ou simpatizantes.
Os governos da União Europeia, incluindo o de António Costa, em Portugal, assim como parte da chamada comunidade internacional, agarrando-se à “legalidade” das cliques dominantes de Madrid, afinaram todos pelo mesmo diapasão e alinharam em coro com a repressão levada a cabo pelo Estado espanhol. Repetem todos os mesmos argumentos legalistas, escamoteando que se trata de um problema político de fundo, que assenta no direito dos povos à autodeterminação. Uma vergonha para quem tanto enche a boca com as palavras democracia e estado de direito!
Face à actual situação repressiva vivida no país vizinho, particularmente na Catalunha, ganham força a proposta de uma greve geral neste território, assim como os apelos à mobilização popular e à desobediência civil dos catalães. A participação unitária e combativa dos catalães contra os partidos espanholistas nas eleições de 21 de Dezembro (impostas pelo governo autoritário do Estado espanhol) é também hoje uma forte hipótese em consideração.