São exigidos o aumento de salários, o cumprimento do Acordo de Empresa, o direito à negociação colectiva, a distribuição pelos trabalhadores da riqueza criada na empresa, bem como melhores condições na segurança e saúde no trabalho.
Pede-se igualmente o aumento dos subsídios de refeição e de transporte, a atribuição do subsídio de turno e um seguro de saúde e de vida para todos em condições iguais.
Reclama-se ainda o respeito pela categoria profissional e pelos conteúdos funcionais, contra a polivalência e a desvalorização funcional.
Perante as várias reivindicações a administração da Valorsul permanece inflexível. A administração da VALORSUL tem vindo a recusar a negociação para revisar o Acordo de Empresa para 2016, e a tomar decisões que põem em causa os direitos dos trabalhadores, como a imposição do cartão de refeição, o regulamento de avaliação de desempenho, a alteração ao seguro de vida e a entrega da portaria do Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar a empresas externas.
NADA PARA OS TRABALHADORES, MILHÕES PARA OS PRIVADOS
A Valorsul é uma das unidades pertencentes à Empresa Geral de Fomento (EGF), que foi já privatizada. O processo de privatização da EGF foi efectuado por concurso público internacional, lançado no 1.º trimestre de 2014, ainda pelo 1.º Governo de Passos Coelho, tendo ficado concluído em julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia às Águas de Portugal) por parte do consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.
Privatização feita, a empresa Valorsul procedeu à distribuição de dividendos permitindo que os novos donos embolsassem milhões de euros.
Só este ano na Valorsul, a distribuição de dividendos representou a entrega de 11 milhões de euros ao Grupo Mota-Engil.
Do outro lado estão os trabalhadores, cujos salários já não são atualizados desde 2009, e bem sabendo que os dividendos provêm do esforço quotidiano das centenas de funcionários e dos cortes salariais de que foram alvo.
Os milhares de lucros gerados pelo sector público vão direitinhos para os privados, que não demonstram qualquer abertura para aumento dos salários ou melhoria das condições de trabalho. Nem mostra de investimento na modernização da empresa ou diminuição da tarifa aplicada aos munícipes.
A Valorsul, e os seus trabalhadores, é responsável pelo tratamento de cerca de 950 mil toneladas de resíduos urbanos, valorizando mais de um quinto de todo o lixo doméstico produzido em Portugal! Respeito era o que se impunha a esta administração!
Cabe à maioria parlamentar, PS-BE-PCP, reverter a privatização (que lamentavelmente não está a ocorrer), em defesa dos serviços públicos de tratamento e valorização dos resíduos, e em defesa dos trabalhadores.
O MAS - Movimento Alternativa Socialista - está do lado dos trabalhadores da VALORSUL, pelo aumento salarial, melhores condições de trabalho, modernização dos serviços, pelo direito à negociação colectiva e em defesa do serviço Público.
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