Mais do que comemorar o aniversário do golpe militar que pôs fim a 48 anos de fascismo, é necessário encetarem-se novas lutas, a nível nacional e internacional, que dêem resposta a este mundo capitalista que não só destrói as nossas vidas como até coloca em perigo a sustentabilidade ambiental do nosso planeta.
Hoje como antes da madrugada de 25 de abril de 1974, os governos de todos os países estão ao serviço dos seus próprios interesses e da máquina capitalista da qual dependem.
A melhor maneira de honrar esta data é seguir o exemplo daqueles que, em desobediência das ordens para ficarem em casa no dia do golpe, saíram às ruas, e nos dias seguintes organizaram-se para assumirem o controlo das suas próprias vidas, ocupando terras e empresas, expulsando patrões e latifundiários, praticando a autogestão, criando movimentos populares de base, comissões de trabalhadores e de moradores.
Só a luta autónoma, auto-organizada, direta e persistente terá efeito contra aqueles que nos oprimem e exploram todos os dias, em particular aos mais desprotegidos e despossuídos.
"No meio do folclore da cega celebração, façamos do nosso bloco, um bloco reinvidicativo e sem meias palavras, anti-capitalista e libertário. Junta-te e traz um amigo também! (mais os cartazes, os flyers, as faixas, e as bandeiras!)" - encorajam.