No centenário da Revolução Russa, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, defendeu a reivindicação das bandeiras da inclusão das grandes maiorias, que há 100 anos foram levantadas pela classe operária e os trabalhadores rurais para uma vida mais digna e justa, só possível com o desenvolvimento do socialismo.
[Roland Boer, Tradução do Coletivo Vila Vudu] Muitos marxistas ocidentais padecem de um ressentimento profundo: nunca tiveram a experiência direta de revolução comunista bem-sucedida. Por alguma razão imperscrutável, todas as revoluções bem-sucedidas aconteceram no 'Leste', no 'Oriente': Rússia, Bulgária, Romênia, Iugoslávia, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, China, Vietnã e por aí vai. E nenhuma das poucas revoluções no 'Oeste', no 'Ocidente', da Finlândia à Alemanha deu certo. A única exceção, Cuba, comprova a regra, porque a conversão ao comunismo e o apoio dos russos só aconteceram depois da revolução.
[Ney Nunes] Um acontecimento que, decorrido um século, ainda provoca análises, debates e paixões ao redor do mundo, não pode, de forma alguma, ser desprezado, sob o risco de ficarmos prisioneiros da ignorância sobre o passado e da cegueira sobre o presente. A Revolução Russa de 1917 nasceu das profundezas de uma crise terminal do sistema autocrático vigente na Rússia, combinada e potencializada pela crise capitalista internacional que resultou na primeira Grande Guerra Mundial deflagrada em 1914.
Dias 2, 3 e 4 de Novembro, a FCSH-UNL acolhe o III Congresso Internacional Karl Marx, com o tema "100 Anos da Revolução de Outubro".
[Thales Emmanuel] Era o ano de 1917. A fome se alastrava na cidade e no campo, mas não para toda gente.
[Mauro Iasi] “[Em alguns] processos, acontece com extraordinária frequência
ser ‘recordado’ algo que nunca poderia ter sido ‘esquecido’,
porque nunca foi, em ocasião alguma, notado [...]”
S. Freud, “Recordar, repetir e elaborar”, 1914)
Os 100 anos que abalaram o mundo também serão objeto de discussão na Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – Seção Sindical do ANDES (Adufmat-Ssind).
[Mauro Iasi] No centenário da Revolução Russa, o mestre da escrita China Miéville narra, em Outubro: história da Revolução Russa, a extraordinária história de um dos momentos decisivos do século XX.
[Domenico Losurdo] Para a ideologia hegemônica de hoje, a dominação colonial e o banho de sangue da guerra mundial são sinônimos de normalidade, ou mesmo de sanidade psicológica, enquanto que a Revolução de Outubro – oposta a tudo isso – representa uma epidemia, a disseminação da loucura.
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