"Estupram uma mulher em determinada estação de trem", disse o noticiário, sem vacilar, com esse rosto que têm os que veem a violência de gênero como coisa natural. Quantas mulheres são estupradas nas estações de ônibus e trem diariamente no mundo? Coisa natural para a sociedade que somos.
As ruas das principais cidades do Estado Espanhol foram invadidas por mulheres que rechaçavam a sentença por abuso sexual, e não por estupro, de cinco homens, conhecidos como “la manada” que agrediram em grupo uma jovem durante os Sanfermines (festa típica espanhola) de 2016.
[Fabiana Machado*] O que pode a mulher casada? Sabemos que a depender do status social, grau de escolaridade e título nobiliárquico de família, a mulher casada estará submetida às maiores ou menores facilidades de vida.
De uma fralda jogada no colo de uma pequena de menos de 14 anos, aparece a face de uma pequenina de cerca de 12 meses. É sua irmãzinha?, pergunto, e esquiva ao olhar ela corre e desaparece no mesmo instante para não admitir a vergonha de uma confissão.
A praça 1000 converter-se-á na praça Assunçom Gonçálves, vítima mortal do patriarcado em 1891, graças a umha moçom promovida por Ourense en Común.
A esta hora em qualquer esquina, bar, canto, casa e matagal da América Latina, estão estuprando uma menina, adolescente e mulher, nos próximos cinco minutos serão mais dezenas de abusadas, ao meio dia serão centenas e ao pôr do sol, milhares. Destas, a maioria será maltratada, muitas assassinadas em crimes de ódio, algumas desaparecerão e jamais de saberá delas, possivelmente morram nos infernos do tráfico de pessoas; e de outras aparecerão seus corpos desmembrados em qualquer rua, em um saco de lixo ou de batatas. Dessas meninas, adolescentes e mulheres violentadas, centenas ficarão grávidas.
Transgredidas é um dos livros que mais me custaram escrever, me doeu, chorei e o senti em carne viva, porque são relatos de testemunhos e histórias de crianças, adolescentes e mulheres que sofreram abuso sexual, seja no caminho de imigração aos Estados Unidos ou vítimas de maus-tratos de pessoas com finalidade de explorá-las sexualmente.
Antes de concluir o primeiro mês de 2017, a Galiza regista o primeiro assassinato protagonizado por um homem contra a mulher.
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