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Diário Liberdade
Domingo, 05 Fevereiro 2017 18:28 Última modificação em Terça, 07 Fevereiro 2017 11:29

Vitória política do 4 de Fevereiro marcou rumo da Revolução Bolivariana

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País: Venezuela / Reportagens / Fonte: AVN

Caracas, 03 Fev. AVN.- Neste sábado o 4 de Fevereiro completa 25 anos, a rebelião que marcou o rumo da Revolução Bolivariana com aquele "por enquanto" do Comandante Hugo Chávez, que assumiu perante o país a responsabilidade pela insurreição cívico-militar contra as políticas neoliberais dos governos da Quarta República.

Uma profunda crise social e política atingia a Venezuela nos anos 80 e 90. Os altos níveis de desemprego afligiam as grandes maiorias, que sofriam as consequências das políticas macroeconômicas do Fundo Monetário Internacional, implementadas pelos governos da Quarta República, especialmente o de Carlos Andrés Pérez (2 de fevereiro de 1989 – 21 de maio de 1993).

Esta situação gerou uma explosão social nos dias 27 e 28 de fevereiro de 1989, quando mais de três mil pessoas foram assassinadas pelas forças públicas (polícia e Força Armada) que massacraram um povo que saiu às ruas em rebelião popular iniciada na manhã de 27 de fevereiro, quando entrou em vigência o aumento da gasolina e da passagem.

Essa brutal repressão acendeu a chama do Movimento Bolivariano Revolucionário 200, formado por jovens militares, que naquele 4 de Fevereiro de 1992 se levantou em armas contra a classe política dominante, que mantinha a Força Armada ultrajada e subordinada aos interesses do chamado "puntofijismo" (pacto das elites), de costas para o povo.

Na madrugada desse dia as tropas rebeldes, dirigidas pelo comandante Hugo Chávez saíram do Quartel Páez, em Maracay, rumo a cidade de Caracas, para tomar o Palácio de Miraflores, centro do poder do governo venezuelano.

Um batalhão de paraquedistas, apoiados por seus companheiros de armas em distintos pontos estratégicos do país, se deslocava na madrugada pela Rodavia Regional do Centro (ARC) em direção à capital da República, onde um grupo de soldados e oficiais, em sua maioria capitães e tenentes, os esperavam em Caracas para tomar de assalto o Palácio Blanco.

Entre eles estava o capitão Guillermo Gustavo Blanco Acosta, um dos oficiais encarregados de tomar o Batalhão de Tanques Juan Pablo Ayala, no Forte Tiuna, em Caracas. Hoje é o atual vice-presidente de Refinação de Petróleos de Venezuela (PDVSA) e membro da junta diretiva da estatal petroleira.

"Hoje faz 25 anos daquela rebelião, quando um grupo de jovens, dirigidos pelos comandantes Hugo Chávez, Arias Cárdenas, Acosta Chirinos e Ortiz Contreras, nos desligamos de nossas carreiras militares e de nossas famílias, pelo bem coletivo, pelo bem do povo. Esse povo massacrado em 27 de fevereiro de 1989", conta Blanco Acosta.

Ele teve a missão, encomendada pelo comandante Chávez, de tomar de assalto o Palácio de Miraflores com os tanques do Batalhão Ayala. A missão foi cumprida, junto aos capitães Rojas Suárez, Ronald Blanco La Cruz e o tenente Ávila Ávila, entre outros companheiros, neutralizaram os oficiais da Escola de Blindados e conseguiram levar os tanques.

"Embora esse dia (4 de Fevereiro) não alcançamos os objetivos traçados, conseguimos uma vitória política porque houve um despertar do povo, que finalmente viu Hugo Chávez pela televisão, um homem que assumiu a responsabilidade do ocorrido, assim como os rapazes que o acompanharam e que estiveram em prisão, junto ao Comandante, durante dois anos e 56 dias", disse Blanco Acosta, promovido ao grau de major do Exército, junto aos patriotas revolucionários do 4 de Fevereiro, em 2013.

Blanco e seus companheiros foram presos por participar da rebelião. Quando foram libertados em 26 de março de 1994 da prisão de Yare, no estado de Miranda, continuaram na luta por concretizar o projeto de justiça social do movimento bolivariano. O objetivo foi conquistado em dezembro de 1998 quando Chávez ganhou as eleições presidenciais.

Essa vitória deu passagem a uma política social de inclusão, implementada pelo comandante Chávez e que o presidente da República, Nicolás Maduro, continua aprofundando. "Essas políticas sociais se materializam nas missões que estão dirigidas a melhorar a qualidade de vida da população, dando maior soma de felicidade, com a construção de moradias dignas para o povo", explica Blanco.

Vinte e cinco anos depois do 4 de Fevereiro, Blanco valora a rebeldia que atualmente mantem o povo contra a guerra econômica, promovida por setores responsáveis pelo neoliberalismo dos anos 90. "Apesar do bloqueio econômico que vive a Venezuela, estamos garantindo ao povo saúde, educação, alimentação, através dos CLAP, e o direito a uma moradia digna. O povo está consciente que conta com um governo  revolucionário que governa para eles e não para oligarquia", destacou.

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