A mobilização começou pela manhã e os manifestantes marcharam até o Palácio de Miraflores, sede do governo, onde foram recebidos pelo presidente Nicolás Maduro.
O vice-presidente Tareck El Aissami também participou do ato e declarou que “a juventude é protagonista desta história viva”, em referência ao processo de transformação social que ocorre na Venezuela desde a chegada do ex-presidente Hugo Chávez ao poder, em 1999.
Em 12 de fevereiro de 1814, durante a guerra de independência contra o império espanhol, jovens venezuelanos se enfrentaram com as forças coloniais, e para lembrar esse feito de coragem a data é lembrada todos os anos como o Dia da Juventude.
Algumas das conquistas da juventude alcançadas em 18 anos da Revolução Bolivariana estão relacionadas especialmente com a educação.
A Venezuela erradicou o analfabetismo em 2005, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
O governo bolivariano também criou 11 universidades nos últimos anos. De acordo com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a Venezuela é o quinto país do mundo em número de estudantes ingressos na universidade (2,6 milhões de estudantes universitários, um crescimento de 800%). Além disso, 75% das instituições de ensino superior são públicas.
Conforme pesquisa de opinião pública realizada pelo instituto GIS XXI em 2014, 79% dos jovens venezuelanos entre 14 e 24 anos estuda, sendo 67% deles em instituições públicas e gratuitas. Ainda segundo o levantamento, 73% acredita que o melhor sistema é a democracia participativa implementada no país desde a chegada do chavismo. Também 60% dos entrevistados afirmou que o melhor sistema econômico é o socialismo e 21% respondeu que é o capitalismo.
Outro benefício para a juventude venezuelana nos últimos anos foi a democratização do acesso à internet, o mais abrangente e de menor custo na América Latina.
Até 2014 o governo venezuelano havia distribuído gratuitamente quatro milhões de laptops com acesso à internet para estudantes da educação básica e média e naquele mesmo ano distribuiu dois milhões para estudantes universitários.
A juventude opositora também organizou uma manifestação para lembrar a Batalha da Vitória e também para pedir a saída do presidente Maduro. Além disso, lembraram os três anos de início dos violentos protestos contra o governo, conhecidos como “guarimbas”, que deixaram dezenas de mortos.
A manifestação opositora deste domingo ocorreu no pequeno município de Chacao, no estado de Miranda, governado pelo opositor Enrique Capriles, um dos incentivadores das guarimbas de 2014.