"A reunião foi muito construtiva e frutífera, porque o apoio que se deu ao diálogo foi praticamente unânime. Quem pode se negar ao diálogo como um mecanismo para a solução pacífica de controvérsia? Quem pode apoiar as expressões violentas de uma oposição a um governo legítimo e constitucional? Mantivemos e recebemos o rechaço a essas expressões", disse.
Em El Salvador, onde aconteceu a reunião extraordinária da Celac solicitada pela Venezuela, a ministra destacou que o governo bolivariano fez uma convocatória a diferentes países-membros do organismo, para que participem do diálogo.
"A Venezuela estendeu o acompanhamento internacional. Foi aceita pelos países que propusemos participar do diálogo. Nos próximos dias informaremos ações concretas para que possam ser realizadas reuniões, que possam vir a nosso país ou que possa acontecer em qualquer território nacional de outros países, que no marco desta reunião, aderiram", destacou.
Delcy Rodríguez afirmou que ao contrario da Organização dos Estados Americanos (OEA), onde se promove uma intervenção estrangeira, na Celac houve um diálogo respeitoso e soberano entre os países-membros, entre eles representantes dos países de direita do continente.
"O diálogo foi respeitoso, a unidade na diversidade. Isso é o que importa que não se imponha a intolerância, o ódio, mas que realmente se imponha a disposição de cooperar", enfatizou.
A chanceler venezuelana disse que muitos países-membros da Celac rechaçaram a atuação do secretário-geral, Luis Almagro, que promove na OEA uma intervenção estrangeira contra a Venezuela.
"Muitos países denunciaram a atuação desvirtuada, ilícita, ilegal de Luis Almagro (...) Houve uma condenação à atuação. Este senhor está destruindo a OEA. Temos que alertá-lo, advertir que este personagem está destruindo a OEA, porque ocorreu que, pela primeira vez na história desde sua fundação, um estado membro deixa esta organização", alertou.
Delcy Rodríguez informou ainda que El Salvador, Nicarágua e São Vicente e Granadinas vão participar do diálogo nacional convocado em outubro de 2016 pelo presidente da República, Nicolás Maduro, com setores da oposição para consolidar a paz e a estabilidade da Venezuela..
Ingerência dos governos do Chile e Argentina
A República Bolivariana da Venezuela repudiou nesta terça-feira a ingerência dos governos da Argentina e Chile nos assuntos internos do país, após a convocação do projeto constituinte na Venezuela.
Através de sua conta no Twitter, a chanceler Delcy Rodríguez exigiu que sua colega argentina, Susana Malcorra, pare com as ações ingerencistas promovidas por seu governo – presidido pelo empresário Mauricio Macri –, contra a soberania da Venezuela.
Também convidou o chanceler Heraldo Muñoz "a promover uma Constituinte no Chile para remover as bases constitucionais ditadas pela ditadura de Pinochet".
A ministra, integrante da Comissão Presidencial da Assembleia Nacional Constituinte, reiterou que "será a Assembleia Constituinte e não burocratas que seguem o roteiro do Departamento de Estado dos EUA que preservará a paz e soberania da Venezuela".