"Apenas nestes cinco primeiros meses do ano observamos mais de cento e cinco ações e declarações hostis, que baseados em falsas suposições visam distorcer a realidade da Venezuela atendendo os interesses hegemônicos dos EUA na Região", explica o comunicado.
A Venezuela reiterou que estas ações visam quebrantar a paz de toda a região mediante manobras que já foram utilizadas na Europa Oriental e no Oriente Médio.
Em fevereiro, legisladores do Partido Democrata e Republicano pediram ao presidente Donald Trump, que aplicasse sanções contra autoridades venezuelanas, ações que finalmente foram realizadas contra o vice-presidente da República, Tareck El Aissami.
Depois, no dia 2 de março, o Senado estadunidense aprovou uma resolução para exigir e ordenar que o presidente Nicolás Maduro libere indivíduos detidos por cometer delitos estabelecidos na legislação venezuelana.
Em abril, quando setores da oposição iniciaram ações nas ruas que deixaram um saldo de 38 pessoas mortas e 787 feridas, a embaixadora dos EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA), Nikki Haley, deixou claro que seu país está disposto a fazer cumprir as normas na Venezuela, demonstrando assim seu interesse por tutelar a nação sul-americana.
O Comando Sul Militar dos Estados Unidos também divulgou um comunicado no dia 7 de abril em que assegura que a Venezuela está em uma etapa de instabilidade social e econômica, e que essa situação poderia gerar uma "atuação regional imediata".
O caráter pró-ingerencista de tais pronunciamentos tem sido denunciado pelo presidente da República, Nicolás Maduro, e pela chanceler Delcy Rodríguez, que em várias oportunidades explicaram que estas ações também violam o Direito Internacional.