"No final do processo, e eu vou propor de maneira expressa, aberta e taxativa; a nova Constituição passará por referendo consultivo para que seja o povo que diga se está de acordo com a nova Constituição reforçada ou não está de acordo (...) Que ninguém tenha dúvida disto, nós somos filhos de um processo democrático, popular", afirmou o chefe de Estado durante conselho de vice-presidentes no Palácio de Miraflores.
Maduro reiterou que a convocação, estabelecida na Constituição de 1999 no artigo 347, tem como objetivo frear as ações violentas realizadas por grupos de sedição financiados por setores da oposição nos últimos dois meses, que deixou mais de 60 falecidos e mais de mil feridos.
"Vendo as circunstâncias, de acosso internacional dos extremistas que governam os Estados Unidos e vendo os planos da direita interna, disse: 'Aqui existe um só caminho para construir a paz, para superar a tentativa de nos levar a uma guerra, de reconciliar os venezuelanos e para transitar em democracia e na liberdade. Tempos novos, de esperança, de vida, de prosperidade, e esse único caminho se chama Assembleia Nacional Constituinte", destacou.
O presidente venezuelano afirmou que este processo, cujos 364 membros territoriais e 181 setoriais serão eleitos no final de julho, vai permitir fortalecer a Carta Magna, aprovada pelo poder popular em 1999, já que será criada "com a sabedoria revolucionária de seu povo".
"Uma nova liderança começa a surgir, uma liderança de caráter social, cidadão (...) A Assembleia Nacional Constituinte já pertence ao povo e eu , simplesmente, seguirei sendo um motor impulsor da participação real desta Assembleia Nacional Constituinte", disse.