O ministro do Desenvolvimento Ecológico Mineiro, Jorge Arreaza, assegurou que a legalização dos mineiros é um dos planos para erradicar a atividade ilegal que termina no contrabando de minerais para países vizinhos, principalmente Colômbia e Aruba.
"Há um grande interesse dos mineradores pela legalização, e nós temos a urgência que se legalizem também", disse Arreaza durante encontro com a imprensa.
Através deste plano, o Estado compra o ouro extraído pelos pequenos mineradores a um preço justo e competitivo, e logo essas barras passam ao Banco Central da Venezuela (BCV) para fortalecer as reservas internacionais. Nos últimos meses, o BCV recebeu mais de 1,4 tonelada de ouro proveniente de El Callao.
"O BCV tranforma, transforma em instrumento financeiro e isso se traduz em escolas, em moradias, em tecnologia, em vialidade, em alimentação", destacou.
Outro plano para defender os recursos minerais está sendo executado pela Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) através do combate direto contra as máfias que atuam na zona e a destruição de pistas clandestinas utilizadas para o contrabando de ouro e coltan, para a Colômbia e Aruba.
Instalação de radares
Arreaza anunciou que para reforçar a luta contra o contrabando, a FANB prevê instalar até o próximo ano um sistema de radares para controlar as aeronaves que entram e saem do estado de Bolívar.
"As máfias estão desesperadas porque estamos comprando o ouro que eles levavam e estamos pondo os radares, e quando os radares estiverem instalados não vão poder levar nem um grama de ouro sem controle, só o Estado poderá exportar o ouro", assegurou.
Também destacou que os planos de produção mineira têm o menor impacto ambiental possível. Para isso o Estado propõe como requisito fundamental que os pequenos mineiros, que passem à atividade legal, reduzam a utilização de mercúrio e o substituam por cianuro, que é menos contaminante e evapora.
O ministro disse que no Arco Mineiro foram formadas três empresas mistas, duas dedicadas à extração de coltan –Oro Azul e Parguaza– e uma orientada à produção de ouro com a empresa canadense Gold Reserve.
Em todas as alianças, o Estado possui 55% das ações para garantir o investimento no desenvolvimento social e industrial do país e exercer sua autoridade no controle ambiental.
"Tudo isto é para distribuir, com justiça, todas as riquezas entre os venezuelanos. Não é igualitária nem equitativamente, é com justiça. Para isso é que queremos desenvolver a indústria da mineração", destacou.