Esta conquista foi destacada pelo governo venezuelano durante a 39º Conferência Geral da Unesco, que se realizou na semana passada em Paris, onde ratificou seu compromisso de manter e fortalecer a educação pública e gratuita para todos os cidadãos residentes na Venezuela.
O ministro da Educação e vice-presidente para o Desenvolvimento Social e Revolução de Missões, Elías Jaua, explicou os avanços da Venezuela na área, graças às políticas promovidas nos últimos 18 anos, que permitiram adiantar-se à Agenda Educativa 2030 estabelecida pela Unesco.
Embora a Unesco recomende aos países oferecer até 12 anos de educação pública, na Venezuela essa meta se duplicou ao garantir os estudos até uma média de 24 anos de idade, quer dizer, em todos os níveis, desde o pré-escolar até a educação univesitária.
"Hoje na Venezuela o Estado Democrático, Social, de Direito e de Justiça garante até 24 anos de educação pública, gratuita e obrigatória em todos os níveis, até os estudos universitários, segundo estabelece nossa Constituição de 1999 e a Lei Orgânica da Educação", disse.
Jaua afirmou que atuamente o orçamento para a Educação na Venezuela é de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), panorama que contrasta com os 3,15 % que eram destinados à educação antes da chegada do comandante Hugo Chávez à Presidência da República.
Também explicou que a Venezuela mantém o investimento apesar da conjuntura econômica, produzida pelos constantes ataques a sua economia e a redução em 70% da renda petroleira.
"Assumimos estes compromissos e estamos cumprindo em meio de uma ilegal e agressiva política de ameaças de intervenção militar e de aplicação de sancões econômicas por parte do governo dos Estados Unidos da América, contra um país democrático e promotor da paz e da integração, como é a Venezuela ", enfatizou.
Metas
Sobre as metas, o ministro disse que em 2018, a Venezuela vai conseguir que o Programa de Alimentação Escolar (PAE), que oferece café da manhã, almoço e merenda gratuitos, alcance 100% dos alunos do sistema público.
No país mais de 70% da população estudantil -que soma mais de oito milhões de estudantes- estuda em instituições públicas.
Jau comentou que além disso, 1,5 milhão de estudantes recebem formação através das missões educativas Robinson (alfabetização e educação primária) Ribas (educação secundária) e Sucre (educação universitária).
Outra conquista foi a alfabetização, até o momento mais de 1,8 milhão de pessoas foram alfabetizadas. Em 2005 a Unesco reconheceu a Venezuela como Território Livre de Analfabetismo.
O ministro da Educação destacou ainda a distribuição de computadores Canaima, entregues gratuitamente a mais de seis milhões de estudantes, e os livros da Coleção Bicentenário.