Após sua chegada à presidência da República em 1999, o comandante desenhou um plano estratégico baseado na política conhecida como o pentágono petroleiro de Juan Pablo Pérez Alfonzo, fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que propõe que as nações produtoras poderiam alcançar maiores benefícios com a exploração e comercialização do petróleo, para favorecer os setores mais necessitados da população.
Deste modo, o comandante propôs recuperar as riquezas petroleiras e energéticas venezuelanas, o que trouxe como resultado a nacionalização da Faixa Petrolífera do Orinoco e dos Convênios de Exploração a Risco e Lucros Compartilhados em 1º de maio de 2007.
Também impulsionou novas leis, que aumentaram a arrecadação de recursos por exploração petroleira, com o objetivo de sustentar o desenvolvimento econômico do país e deixar de dar petróleo de presente, como a oligarquia fez durante um século inteiro, para as transnacionais petroleiras, a fim de que as divisas provenientes da exportação de petróleo fossem investidas no desenvolvimento social.
"O petróleo é para o povo venezuelano, para semear como riqueza e transformá-lo em desenvolvimento integral e humano através da distribuição equitativa da riqueza, que é a linha central da estratégia bolivariana para sair do atraso, da pobreza, da miséria e dar uma maior soma de felicidade possível a nosso povo", disse o líder socialista em outubro de 2011 durante um Conselho de Ministros.
Para o Comandante Chávez, a diferença do sistema capitalista para o socialismo bolivariano, é que este modelo propõe que através da produção econômica seja possível satisfazer as necessidades prioritárias da população venezuelana.
"O propósito do capitalismo é inflar para ganhar dinheiro. Nós, os socialistas, é através da produção econômica como buscamos satisfazer às necessidades da população (...) No momento em que se produz algo, é econômico, e seu destino é meramente social: isso é o que se faz no socialismo", explicou durante um discurso em julho de 2012.
Economia diversificada
O líder socialista propôs que as riquezas petroleiras deveriam servir de base para impulsionar a diversificação econômica do país e um novo modelo produtivo que permitisse superar o modelo rentista petroleiro herdado dos governos neoliberais da IV República.
"Temos que criar uma rede produtiva industrial diversificada, com muito conhecimento científico, tecnológico, eficiente, que permita levantar uma nova economia em benefício do povo, não da elite capitalista, da burguesia, mas de toda a nação", disse em outubro de 2011.
Assim o modelo econômico diversificado proposto por Chávez engloba o desenvolvimento da agricultura, da ciência e tecnologia, das indústrias básicas, das pequenas e médias empresas, e inclusive dos emprendimentos surgidos nas comunidades.
O presidente da República, Nicolás Maduro, afirmou que foi o comandante eterno quem estabeleceu as bases para o desenvolvimento econômico da nação com o Plano da Pátria e suas políticas sociais.
"O único que nos deixou um modelo e semeou um novo tempo econômico para a Venezuela foi nosso amado comandante Hugo Chávez. Temos que voltar a Chávez para retomar o impulso de um modelo nosso do socialismo produtivo", disse durante conselho de ministros em setembro de 2017.
O pensamento do líder bolivariano constitui a base da Agenda Econômica Bolivariana e seus 15 motores produtivos que impulsiona o governo do presidente Maduro para diversificar e relançar a economia do país.