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Diário Liberdade
Quinta, 11 Outubro 2018 20:51 Última modificação em Domingo, 21 Outubro 2018 21:26

Paul Laverty: «Devemos acabar com o bloqueio contra Cuba»

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País: Cuba / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Granma

[Michel Hernández] Roteirista do filme premiado sobre o bailarino Carlos Acosta, descreve o bloqueio à Ilha como vergonhoso

O roteirista britânico Paul Laverty, que venceu o prêmio de roteiro no festival de San Sebastian, Espanha, com o filme Yuli , inspirado na vida do bailarino e coreógrafo cubano Carlos Acosta, catalogou o bloqueio de Cuba «como uma vergonha que deve acabar».

Ao receber o prêmio, Laverty, um roteirista habitual de diretores como o britânico Ken Loach, disse: «58 anos atrás, EUA impôs um bloqueio a Cuba, um bloqueio que é ilegal, que todo ano é condenado nas Nações Unidas, e que só é sustentado por dois votos: os dos EUA e de Israel. Dois especialistas na aplicação de punições coletivas à população civil. Dois bandidos, canalhas, hipócritas. Devemos acabar com essa vergonha, devemos acabar com o bloqueio contra Cuba»

Laverty se junta à extensa lista de artistas e intelectuais que se manifestaram historicamente contra essa política dos EUA em relação a Cuba, como os cineastas e atores Oliver Stone, Benicio del Toro e Robert de Niro, bem como os músicos Manu Chao, Tom Morello, Chris Martin e Chris Cornell, entre muitos outros.

O bloqueio a Cuba, desde sua imposição, segundo dados oficiais, causou prejuízos de mais de US$ 933,6 bilhões (933.678.000.000), e só no campo da cultura tem sido um impedimento ao intercâmbio com artistas norte-americanos, a aquisição de instrumentos para o ensino, softwares artísticos e softwares para estudos de animação, entre outros.

As palavras de Laverty foram amplamente refletidas na imprensa credenciada para o festival de San Sebastian, que aclamou o filme Yuli desde sua estreia, em que parte do elenco do filme é liderado por Carlos Acosta e a atriz Laura de la Uz.

O coreógrafo e professor cubano Santiago Alfonso, Andrea Doimeadiós e a produtora Claudia Calviño, entre outros, também participam do filme.

«Yuli foi um presente para mim. Sinto imensa gratidão por Icíar Bollaín, Paul Laverty, Juan Gordon e Andrea Calderwood, por levar a minha vida à grande tela. Um dia vou morrer, mas agora sei que meus netos terão a memória de seu tataravô. Sinto-me muito grato por esse presente; é um filme muito inovador, com muita sensibilidade e integridade, que não tenta seguir as convenções já acordadas, mas tenta fazer algo original», disse Carlos Acosta, via e-mail.

Acosta (Havana, 1973), um dos maiores bailarinos da história do balé cubano, comentou que o filme, baseado em sua biografia No Way Home, escrita pelo próprio artista, pode servir de exemplo de perseverança para os cubanos.

«É o triunfo de uma humilde família cubana e pode servir de espelho para todos os cubanos que, dia a dia, enfrentam adversidades», disse o dançarino, que fundou e dirige a jovem companhia Acosta Danza.

- Yuli, dirigido pela espanhola Icíar Bollaín, foi considerado pela crítica especializada como «deslumbrante» e «luminoso».

- Este filme, no qual Acosta se interpreta, fala da resistência, dedicação e tenacidade que definiu a carreira do dançarino cubano (que a princípio queria ser jogador de futebol) até se tornar uma das primeiras figuras da dança em todo o mundo e integrar companhias como o Houston Ballet ou o Royal Ballet of London.

- Com uma fotografia do espanhol Alex Catalán, o filme começou sua jornada em San Sebastian e será lançado no circuito internacional, em dezembro próximo.

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