Nossos principais inimigos são as corporações, os organismos multilaterais (FMI, BM, OMC) e a mão suave da ONU, os quais propõem acabar com a soberania, padronizar normas, sistemas econômicos e ideológicos, segundo a visão capitalista concentradora, fraudulenta e criminal.
A proposta do FMI é a de diminuir as pensões e vincular aposentadorias à esperança de vida, consequente com sua política de liberalização: flexibilidade laboral, congelamento de salários, cortes orçamentários, aumento de impostos, eliminação de subsídios, Estado mínimo, privatizações de empresas estratégicas e serviços, criminalização judicial das lutas operárias e camponesas. Tudo isso nada mais é do que uma manifestação do metabolismo depredador do capital, cujo único fim é antepor a ganância à subsistência e dignidade humana.
Devemos seguir com Chávez, quem institucionalizou outra geopolítica que garante nossa defesa frente a estes inimigos da humanidade e a proteção dos direitos humanos, concretizando uniões entre povos e governos aliados contra a ordem aviltante que só serve a delinquentes para legitimar pilhagens em favor da nova ordem mundial.
O capitalismo não é uma economia, mas sim um regime de poder despótico (A. Ocalan) que destrói a riqueza dos povos, o intercâmbio comercial e a vida econômica. Ele reclama um direito de apropriação não baseado na produção, mas na violência e na pilhagem. Devemos construir um sistema internacional onde se respeite o direito à concórdia e à justiça entre os povos, capaz de desestruturar o poder financeiro ao lhe opor governos alternativos. Estão em jogo a humanidade e a vida sobre o planeta.
(*) Advogada constitucionalista venezuelana, integrante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).