Nesta quarta-feira (26) acontece uma nova Assembleia Geral da ONU para debater esta questão e, novamente, o governo cubano vai apresentar o projeto “Necessidade de dar fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba”.
Segundo este relatório, os prejuízos econômicos são “calculáveis”, mas as perdas sociais, culturais e de desenvolvimento nacionais sequer podem ser mensuradas.
Veja 15 coisas que Cuba não pode fazer devido ao bloqueio:
1 – Cuba não pode exportar ou importar alimentos livremente dos Estados Unidos. Deste o ano 2000 as restrições nesta área foram acentuadas. Além disso, a Lei de Comércio com o Inimigo implementada no país norte-americano em1917 segue vigente. O ministro de Relações Exteriores da ilha, Bruno Rodríguez Parrilla, questionou como seu país ainda pode ser considerado um inimigo.
2 – A proposta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a utilização do dólar nas transações internacionais de Cuba não pode se concretizar.
3 – No caso de obter permissão para realizar alguma compra, Cuba é obrigada a pagar em dinheiro e adianto por meio de bancos de outros países e com moeda diferente do dólar. Isso faz com que os procedimentos sejam mais difíceis e que o país normalmente tenha prejuízos com relação ao câmbio.
4 – O investimento de companhias norte-americanas em Cuba continua sendo proibido e isto limita o crescimento do setor de negócios dos Estados Unidos e prejudica o desenvolvimento da ilha, explicou o ministro.
5 – As importações de medicamentos estão condicionadas desde 1992 pela Lei dos Estados Unidos.
6 – Cuba deve sempre prestar contas sobre o destino final de todos os itens de medicina adquiridos e não pode fazer os pagamentos diretamente, mas sim através de bancos terceiros em moeda diferente do dólar. Por se tratar de questões relacionadas à Saúde Público, a demora e a burocracia nestes procedimentos podem, até mesmo, colocar a vida de pacientes em risco.
7 – Empresas como a norte-americanas são impedidas de exportar materiais necessários para o tratamento da água potável de Cuba.
8 – Companhias norte-americanas não podem operar em Cuba para oferecer serviços de tecnologia da informação, neste caso, os dois lados perdem: as empresas dos Estados Unidos têm menos clientes do que poderiam, e a indústria cubana não desenvolve todo seu potencial.
9 – Pacientes com câncer têm o tratamento prejudicado devido à defasagem de equipamentos médicos na ilha vendidos pelos Estados Unidos. Isso acontece porque as companhias norte-americanas são proibidas de abastecer o país vizinho com os apetrechos necessários. Mesmo com o bloqueio, os dois países firmaram um acordo, no último sábado (21) que estabelece um projeto de cooperação para o controle do câncer.
10 – O povo norte-americano é proibido de viajar a turismo para as praias cubanas. No dia 14 de outubro os Departamentos do Tesouro e Comércio dos dois países apresentaram mudanças no regulamento que incluem medidas para ampliar as possibilidades de viagens e intercâmbio. Estima-se que, pelo menos 15% dos norte-americanos que viajam a passeio para o Caribe, viajariam para Cuba se fosse permitido.
11 – Jovens norte-americanos são proibidos de estudar Medicina em Cuba, considerada uma das melhores do mundo.
12 - O sector da biotecnologia em Cuba tem como propósito desenvolver novos produtos, medicamentos, equipamentos e serviços de alta tecnologia a fim de melhorar a saúde do povo cubano e gerar bens e serviços exportáveis. Porém, a indústria biofarmacêutica de Cuba não é alheia aos impactos causados pelo bloqueio dos Estados Unidos.
13 – Apenas no período de um ano o setor da construção civil perdeu mais de 30 milhões de dólares. A principal razão é a impossibilidade de ter acesso a tecnologias mais eficientes de construção que gastariam menos recursos e materiais.
14 – O setor de aviação cubano deixou de ganhar mais de 156 milhões no período de um ano devido às perdas por relocalização geográfica do comércio e impacto causado pelo bloqueio no desenvolvimento de serviços.
15 – Cuba tem condições de oferecer anualmente em 47 instituições de saúde mais de 200 programas médicos de uma qualidade reconhecida a nível internacional, a aproximadamente 15 mil cidadãos estrangeiros. No entanto, o bloqueio nega a possibilidade aos cidadãos estadunidenses e em alguns casos aos de outros países, que tenham acesso a estes programas, limitando assim os seus direitos.